A parceria com a TV Justiça foi uma das primeiras a serem fechadas desde que o governador Ibaneis Rocha (MDB) publicou decreto suspendendo as aulas para evitar a disseminação do coronavírus na capital. A partir de então, a equipe da Secretaria de Educação tem produzido material e estudado formas de como veicular vídeos já prontos por secretarias, como a do Amazonas, que já tinha conteúdos disponíveis.
A programação começa com três horas por dia. O conteúdo veiculado mais cedo, por volta das 9h, será para a educação infantil. Ele vai progredindo com o passar dos minutos até chegar ao ensino médio.
As teleaulas não vão substituir as presenciais ou contar como presença. Elas servem para que os alunos não percam conteúdo nesta época de quarentena, ampliada no decreto publicado na noite de quarta-feira (01/04). Agora, as atividades escolares ficam paralisadas até 31 de maio.
A Secretaria de Educação também fechou parceria com a TV Gênesis, que vai exibir o conteúdo, mas ainda sem data marcada, e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que cede os estúdios para as gravações.
“Estamos conversando também com a TV Escola. Podemos tentar passar o conteúdo de cada uma das etapas: infantil, fundamental e médio em cada uma das tevês para dividir o conteúdo. Ainda estamos estudando a forma”, afirmou o secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz.
A intenção desse material é atingir os 460 mil estudantes da rede pública de ensino. “Começamos o trabalho já no primeiro dia de suspensão. O conteúdo pela televisão chega a todos e é uma fase inicial desses novos tempos. Nosso desafio será a internet, levar para todos. Não podemos deixar os alunos parados. Nosso conteúdo está muito bom”, assegurou o secretário.
Os materiais específicos para cada turma, de cada ano, serão disponibilizados por meio de plataforma digital, que deve ter os primeiros testes também a partir do dia 6. A plataforma, no entanto, começa para os 80 mil estudantes do ensino médio. E também não há previsão de que elas substituam as aulas presenciais e contem como hora/aula
Isso ainda é negociado com conselhos e Ministério da Educação (MEC). “Temos que seguir uma quantidade de horas, que foram flexibilizadas pelo MEC. Vamos liberar o conteúdo e esperar a validação do Conselho de Educação”, completou Ferraz.
Na plataforma, os estudantes terão salas virtuais interativas, com professores e alunos. Será passado conteúdo e exercícios para cada nível de aprendizado.
A Secretaria de Educação negocia parcerias de disponibilização de pacotes gratuitos com operadoras de telefonia para que os estudantes não precisem gastar seus dados de internet para estudar.
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