O presidente Jair Bolsonaro fez lembrar na noite desta quarta, 8, o cantor (mais humorista do que intérprete) Juca Chaves, ao afirmar que todos devem estar atentos ‘ contra o comunismo, porque depois que ele entra, não sai’.
Juca, que gostava de satirizar o regime militar (chegou a ter seu álbum Músicas Proibidas de Juca Chaves censurado por longo tempo) cantava para seu público, nas décadas de 60 e 70, que ‘o comunismo entrou aí, ele tem que sair, ele tem que sair’, numa referência à deposição de João Goulart.
Na porta do Alvorada, ao cumprimentar um grupo de apoiadores católicos (num contraponto à constante romaria de evangélicos), Bolsonaro disse que “um pouco de história não faz mal a ninguém”. O presidente lembrou “momentos difíceis” em 1922, 1935, em 1964 e também em 2016.
“Esse mal (o comunismo) que sempre nos assombra, a gente tem que ficar ligado, porque depois que ele entra, toma conta do corpo, é quase impossível, para não dizer impossível, muito difícil sair”, afirmou Bolsonaro.
Os apoiadores do presidente, que levavam uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, são ligados à Canção Nova. “Esse é o nosso presidente, que detesta os comunistas”, entoaram. Bastou isso para Bolsonaro garantir que o movimento de 1964 teve apoio “de toda Igreja Católica”.