O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, na manhã desta quarta-feira (06/05), que dará conhecimento à Justiça sobre as atividades comerciais que têm previsão de reabertura para segunda-feira (11/05), assim como as regras que devem ser seguidas para evitar a disseminação do novo coronavírus.
“A Justiça quer saber o que vai abrir e o que será mantido fechado pelo decreto que temos pronto para editar. Não publiquei o decreto para não afrontar a Justiça”, afirmou Ibaneis. “Ela agora quer ter conhecimento e eu darei previamente a ela na visita de amanhã”, ressaltou.
O governador disse que a reabertura do comércio depende da avaliação do Poder Judiciário. “Tudo depende da Justiça”, declarou.
A magistrada também definiu que poderá rever o assunto após a visita de uma comissão ao Palácio do Buriti, agendada para as 10h desta quinta-feira (07/05). Na ocasião, o GDF deverá apresentar o plano de reabertura das atividades durante a pandemia do novo coronavírus.
A juíza federal quer ter acesso aos dados, com datas por bloco de atividades e regras sanitárias para cada ramo, referentes ao planejamento da retomada do comércio.
A decisão não alterou as permissões dadas anteriormente pelo GDF para que alguns setores abram as portas, como óticas, escritórios de advocacia, lojas de móveis e imobiliárias.
“O que mais importa nessa decisão é a averiguação por parte do Judiciário de que tudo que fizemos foi devidamente validado e não causou qualquer tipo de risco à população”, avaliou o governador.
Ibaneis adiou a reabertura de maior parte do comércio de 3 de maio para 11 de maio. O emedebista disse que, após reunião com representantes das áreas da saúde, mobilidade e planejamento, precisava de mais tempo para adequar o retorno das atividades. Nesta quarta-feira, o governador afirmou também que a retomada dos serviços depende da Justiça.
O governador informou que o DF terá 800 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) até junho. A previsão é que a ocupação deve girar em torno de 30% a 35%.
Nesta quarta-feira (06/05), o Metrópoles mostrou que, em apenas sete dias, o número de pacientes com a Covid-19 internados em UTI cresceu 73%: eram 34 pessoas em leitos de UTI em 28 de abril e, nessa terça-feira (05/05), a quantidade saltou para 59.
Segundo Ibaneis, o DF adotou técnica de internar pessoas com o coronavírus na UTI antes do agravamento do quadro de saúde, o que gera impacto nos dados de ocupação dos leitos. “Mas isso está refletindo também no número de mortos. Nós estamos diminuindo a nossa curva de mortos. Temos uma morte a cada dois ou três dias”, assinalou.