O Governo do Distrito Federal implementará consultas a distância na rede pública de saúde para desafogar as filas nas unidades e melhorar a capacidade de atendimento durante a pandemia do novo coronavírus. A expectativa é de que a telemedicina comece a funcionar, na prática, dentro de três semanas.
O acesso ocorrerá por meio de um aplicativo desenvolvido pelas secretarias de Saúde, Ciência e Tecnologia e pela Fiocruz.
“Essa plataforma vai criar condições para pacientes serem atendidos mais rapidamente pelo Samu, para melhorar nosso mapeamento de leitos e gestão de filas. Vai fazer uma revolução na gestão de dados e do Sistema de Saúde”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do DF, Gilvan Máximo.
Ele acrescenta que o objetivo é que, ao fim da pandemia, seja possível zerar a fila de consultas no sistema de saúde do DF. “Com a inteligência artificial, o médico vai dar parecer e pedir até exames a distância. Em alguns casos, o paciente não precisará ir nenhuma vez ao médico presencialmente para receber diagnósticas, receitas e encaminhamento.”
A iniciativa é o carro-chefe de um convênio firmado pelo GDF, na terça-feira (5/5), com a Fiocruz para o desenvolvimento de projetos digitais de saúde voltados para o tratamento, diagnóstica e prevenção da Covid-19. Serão investidos R$ 10 milhões no projeto.
“Com essa parceria com a Fiocruz, uma instituição muito respeitada e que foi escolhida laboratório oficial da América, o DF será a primeira unidade da federação a ter a telemedicina porque, neste momento, não podemos perder tempo”, frisou.
Além da telemedicina, outras pesquisas serão feitas em parceria com a instituição. As ferramentas desenvolvidas — que incluem uso de tecnologias como a realidade virtual — serão incorporadas ao dia-a-dia do sistema de saúde pública da capital mesmo após fim o da pandemia do novo coronavírus