Por Alexandre De Paula - Coluna Eixo Capital - 08/05/2020 - 17:37:08
Alguns elementos foram relevantes para a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB) de adiar mais uma vez a reabertura dos estabelecimentos comerciais do Distrito Federal —a previsão agora é de retorno em 18 de maio. Além do impacto da decisão judicial que suspendeu a liberação, pesaram o alto número de casos confirmados ]no complexo da Papuda, a avaliação de que o comércio não estava pronto para as medidas de segurança, a previsão de aumento dos números de leitos nas próximas semanas (entre eles, os do hospital de campanha montado no Mané Garrincha) e a necessidade de ajustar campanhas de distribuição de máscaras e de comunicação. Os sucessivos adiamentos também se justificam pelo impacto que uma decisão errada poderia ter. É preciso ter segurança porque uma nova onda de casos, após a reabertura, pode manchar os resultados obtidos até então.
Reunião tensa
A visita da juíza Kátia Balbino e de comissão com integrantes do Ministério Público e de algumas entidades ao Palácio do Buriti, ontem, teve momentos tensos. O governador Ibaneis Rocha (MDB) foi bombardeado com questionamentos num encontro que se estendeu por quase seis horas. No entanto, na avaliação até de quem não faz parte do governo e esteve presente na conversa, Ibaneis se saiu bem e conseguiu mostrar dados e responder aos pontos levantados. A juíza ainda precisa dar nova decisão, mas a tendência mais forte é de que, de fato, alguns setores do comércio possam ser reabertos no dia 18.
Elogios
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou o trabalho do GDF contra a pandemia do novo coronavírus. Ele destacou que o isolamento social teve “resultado excepcional” na capital. “Se você olhar a situação dos hospitais, Brasília hoje tem uma situação tranquila. No início, era a pior situação do Brasil. Isso melhorou graças ao trabalho do governador com a sua equipe”, disse. Maia ressaltou a importância do distanciamento, mas preferiu não se comprometer ao comentar se era hora de flexibilizar no Distrito Federal e ponderou que o governador e o secretário de Saúde são quem tem os dados para tomar a decisão.