14/05/2020 às 12h11min - Atualizada em 14/05/2020 às 12h11min

VERSÃO MODERNA DO JULGAMENTO DO MESSIAS E BARRABÁS

MAJOR - BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ
MAJOR-BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ
 
 
Fazendo uma analogia bíblica, diríamos que Messias veio ao mundo para salvar o Brasil porque, afinal, todos sabem que Deus é brasileiro.
 
Ao receber a notícia de que o Messias teria iniciado sua campanha com esse objetivo e era aclamado pelas multidões como “mito”, o Rei Herodes, líder da Judeia, hoje rebatizada como Foro de São Paulo, planejou difamá-lo, fazendo com que todos os seus agentes e mensageiros, ricamente remunerados com o dinheiro da plebe,  espalhassem a notícia de que o mito era um cidadão despreparado, sem partido político, tempo de TV nem dinheiro, que não ganharia de ninguém.
 
Como a paixão do povo crescia assustadoramente, amparada na esperança de ver o final de mais de 30 anos de roubalheira da turma de Herodes, o grupo decidiu cortar o mal pela raiz. 
 
Orientado pela estrela-guia do PT, seguiu para Juiz de Fora um mago, frequentador da corte e conhecido como “louco solitário”, para cravar-lhe uma faca de prata, antes que o tal salvador se transformasse de fato em um problema para a continuidade dos planos do Foro.
 
Como Deus é verde e amarelo, o Messias sobreviveu pela unção divina, graças à destreza dos médicos que o atenderam e a uma corrente nacional de orações.
 
A esperança de Herodes passou então a ser a fraude das urnas venezuelanas, que também fracassou, tal a diferença de votos, que só não era visível aos eleitores, devido às pesquisas encomendadas a institutos de alinhados à sua causa.
 
Consumado o sucesso do Messias nas eleições, restaria unir todas as forças do mal para destruir sua imagem e sua administração e tentar voltar ao poder em 2022.
 
Para cumprir seu desígnio sagrado, o Messias escolheu 16 apóstolos, todos especialistas em suas áreas, para erradicar o “pecado original” da política brasileira, a corrupção institucionalizada, patrocinada pela indústria da propina oficial e operacionalizada pela “velha política”, com a prática do toma-lá-dá-cá.
 
Infiltrados entre eles, estavam Pedro e Judas Iscariotes, ídolo de barro de uma operação contra o crime do colarinho branco, que conquistou a admiração de toda a Nação e do próprio Messias.
 
Os resultados começaram a aparecer com a limpeza promovida nos ministérios, secretarias, estatais, bancos oficiais, redução de gastos, reformas estruturais e o País começou a crescer.
 
Tudo isso aumentava a tensão entre os inimigos do Brasil, que apertavam um cerco coordenado, com ações cada vez mais agudas da “sucuri de duas cabeças”, que usurpavam o direito de governar outorgado pelo povo, da mídia desmamada e de outros órgão do Estado ainda não expurgados, para impedir a missão divina do Messias.
 
Apesar disso, a economia do país começava a deslanchar e a aprovação do mito só fazia aumentar junto ao povo. Enquanto ele se misturava ao povo para comer sanduiche e tomar café em bares e postos de gasolina, fazendo selfie com seguidores fiéis, seus opositores recebiam vaias, tomates e insultos em qualquer aparição pública.
 
Veio a pandemia do coronavírus e o grupo do Foro viu surgir uma grande oportunidade de aprofundar o seu plano.
 
Em reunião com seus apóstolos, Messias advertiu Pedro: "Antes da quarentena acabar, você me negará três vezes".
 
Nas entrevistas coletivas diárias sobre a crise de saúde, Pedro o negou por três vezes e foi demitido.
Em outra reunião apostólica, o Messias profetizou: “aqui sentado comigo a esta mesa está também quem me vai trair. Mas ai do homem que me vai trair!”.
 
O Judas, inconformado com o afastamento de um servo seu, marcou uma coletiva de imprensa para anunciar seu pedido de demissão e blasfemar contra o Mestre, concretizando a segunda profecia.
Retornando da analogia bíblica para a conjuntura atual, constatamos, segundo declarações do advogado do presidente, que a investigação pela Polícia Federal sobre o atentado a faca que por milagre não o matou foi encerrada em apenas 22 dias, concluindo que o criminoso teria agido isoladamente, mesmo sendo um cidadão desempregado que poucas horas após o crime tinha à sua disposição quatro advogados caríssimos, ali conduzidos por jato executivo, que mais tarde afirmaram terem sido pagos por uma igreja evangélica a qual negou tal fato.
Enquanto isso, as denúncias contra Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho, Eliseu Padilha, Collor de Mello e outros figurões do Covil de Ali Babá, protegidos da Suprema Casa da Mãe Joana, permanecem adormecidos naquela corte até a sua prescrição, com já ocorreu com diversos processos.
Somente isso já seria motivo mais do que suficiente para o presidente usar sua competência e determinar a exoneração do Diretor-geral da Polícia Federal.
 
Julgo extremamente desnecessário e desleal que um ministro demissionário  compareça perante as câmeras em cadeia nacional para apresentar acusações graves contra o Presidente da República, sem a apresentação de qualquer prova, afirmando que o mesmo estaria utilizando o cargo para interferir na Polícia Federal, com o objetivo de influenciar em  investigação envolvendo sua família.
 
A mentira tem pernas curtas. O diretor exonerado da Polícia Federal e o Superintendente Regional no Rio de Janeiro, pivôs dessa atitude deplorável, negaram as acusações em seus depoimentos.
Sobre a interferência do presidente na Polícia Federal:
 
- que a Presidência da República não solicitou dados sobre investigação policial em curso, seja pelo nome de relatório de inteligência ou informação policial;
- que dentro da doutrina da Polícia Federal, o Presidente da República pode solicitar relatórios de inteligência;
- que não tem conhecimento se na Polícia Federal tramitou alguma investigação envolvendo Fabrício Queiroz, que teria relação com o senador Flávio Bolsonaro; e
- que na relação entre o Presidente da República e a Polícia Federal não houve nenhuma mudança no que diz respeito à nomeação de cargos de confiança.
Sobre sua exoneração:
- que não tinha intenção de permanecer na função;
- que teria comunicado por diversas vezes ao ex-Ministro Sérgio Moro seu desejo de deixar o cargo de Diretor Geral da Polícia Federal;
- que sinalizou a possibilidade de aceitar uma adidância; e
- que entendia ser o melhor para a Polícia Federal a sua substituição e que havia encerrado seu ciclo no comando da Polícia Federal, colocando-se à disposição para ajudar em uma eventual transição.
 
Por sua vez, o superintendente regional PF no Rio de Janeiro, negou que tenha ocorrido interferência do presidente no trabalho da PF.
 
Essa atitude para o senhor Sérgio Moro pode ser natural, mas para nós, militares, é uma demonstração de falta de caráter e deslealdade inaceitável com quem lhe confiou tão nobre função.
Voltando à analogia inicial, se naquela passagem bíblica a corte de Pôncio Pilatos lavou as mãos e o povo covardemente escolheu a liberdade do ladrão Barrabás, hoje a corte de mãos sujas tudo fará para condenar o Messias, porém a sociedade agora está ao seu lado.
 
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS

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