“Precisamos caminhar lado a lado para enfrentar esta pandemia. Vamos vencer a doença juntos e com o necessário apoio do governo federal”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Na última sexta-feira (15/05), os governos do Distrito Federal (GDF) e de Goiás assinaram um convênio para regulamentar e regular o acesso do cidadão das duas unidades federativas aos serviços de saúde localizados no Entorno, em Goiás e no Distrito Federal.
Os titulares das duas secretarias se reuniram, nesta segunda-feira (18/05), com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Airton Cascavel, para apresentar o Termo de Cooperação Técnica Interfederativo, o primeiro do tipo a ser assinado no país. Os executivos locais precisam do apoio do governo federal para implementar a parceria.
O documento prevê, por exemplo, que os hospitais do DF e aqueles que estão sendo estruturados em municípios vizinhos possam ser utilizados pelos goianos que residem no Entorno e pela população do Distrito Federal. O Termo de Cooperação Técnica estabelece regulação conjunta. Desta forma, se um morador de Goiás for atendido em uma unidade de saúde no DF, a capital federal receberá do SUS o valor de tabela referente à internação e vice-versa. A medida dará suporte financeiro para que o GDF possa lidar com os doentes do Entorno, além de oferecer estrutura aos enfermos da região.
A parceria, acertada na semana passada, foi estabelecida horas após Ibaneis anunciar que barraria o atendimento na rede pública de saúde local a moradores do Entorno diagnosticados com Covid-19. Na ocasião, o titular do Palácio do Buriti afirmou estar incomodado com a demora dos municípios vizinhos de chegarem a um acordo prático que abrisse caminho para a parceria. Depois do protesto público, Ibaneis e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), acabaram chegando a um acordo.
Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do DF, 24 moradores de cidades goianas estão internados em unidades hospitalares brasilienses, o que representa 8,3% dos casos que precisam de suporte médico na capital do país.