A vítima contou à Polícia Civil do DF (PCDF) que viu o suspeito sem o item de segurança e o informou sobre a necessidade de utilização do acessório para entrar no estabelecimento comercial.
Após a abordagem, o funcionário relatou que o homem abriu uma bolsa, tirou uma bíblia e a Constituição do Brasil, levantou a blusa e mostrou uma arma de fogo na cintura. Ele ainda teria dito que “também tem uma .45 e, por isso, não precisaria fazer uso de máscara”.
O empregado do Base Atacado insistiu sobre a obrigatoriedade de utilizar máscara e a situação piorou. “Neste momento, o indivíduo cerrou os punhos na direção do rosto do comunicante, empurrando-o e entrando no estabelecimento”, descreve trecho da ocorrência policial registrada na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).
O suspeito ainda teria chamado a vítima de “vagabundo”. A polícia e o gerente da empresa de atacado foram acionados. Ainda segundo o funcionário, o homem disse ao responsável pela loja que “quem usava máscara era bandido”.
Após um dos empregados pegar o celular para gravar a cena, o infrator pontuou: “Se for filmar, eu vou mostrar”, deixando a entender, de acordo com o BO, que sacaria a arma. Declarou ainda que o gerente não era o dono do local e que iria voltar.
Um vídeo mostra o homem discutindo com funcionários na porta do estabelecimento. “Tu é ladrão também? Então tira isso da cara”, falou. “Bandidos são esses caras que estão no poder”, enfatizou. Confira:
A PCDF informou à coluna que a 33ª DP apura o caso.
O uso de máscara de proteção facial é obrigatório em espaços, vias e transporte públicos, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços no Distrito Federal. Essa é uma das medidas tomadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Caso uma pessoa física descumpra a norma, pode receber multa de R$ 2 mil. A penalidade é de R$ 4 mil para pessoa jurídica. O GDF estabeleceu que as sanções devem ser aplicadas a partir desta segunda-feira (18/05).
A reportagem não conseguiu contato com o homem alvo da ocorrência policial nem com o responsável pelo Base Atacado. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.