“O governador tem dito que as escolas serão as últimas atividades a voltar, por recomendação da Secretaria de Saúde. Ele só pensa na volta das aulas a partir de agosto, se estiver seguro para alunos e professores”, frisa Ferraz.
Em uma debate on-line no Iesb nessa terça-feira (19/05), o chefe do Executivo local disse que, com o achatamento da curva, o pico da doença deve ser na metade de julho. “Isso é o que indicam os nossos técnicos. E nós temos de acompanhar o Entorno. É muito difícil precisar essa data. O que tenho colocado, como previsão, é o início do mês de agosto (para volta às aulas).”
A Secretaria de Educação estuda medidas de segurança para o retorno das atividades escolares. Além de equipamentos de proteção, a pasta avalia validar o ensino a distância como hora-aula.
Nessa terça-feira (19/05), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF) divulgou resultado de enquete apontando que grande parte dos pais é favorável à volta das aulas em julho, desde que o retorno seja gradual.
De acordo com a pesquisa, 73,8% dos responsáveis pelos alunos, tanto de estabelecimentos públicos como privados, acreditam que a melhor estratégia é um recomeço seguro das rotinas escolares, enquanto outros 26,2% consideram inviável o retorno no momento. A amostra foi realizada no período de 11 a 18 de maio, com a participação de cerca de 34 mil pessoas.
A sondagem indica ainda que 90% dessas escolas privadas estão desempenhando as atividades de forma remota (não presenciais) para os alunos durante o período da quarentena. Nesses estabelecimentos, os números mostram que 56,5% dos pais se encontram satisfeitos e 15,2%, muito satisfeitos, totalizando 71% de reações positivas com a proposta definida durante o período de isolamento social.
No entanto, o levantamento foi duramente criticado pela Associação de Pais e Alunos do Distrito Federal (Aspa-DF). Segundo a instituição, não há garantia de segurança para estudantes e professores. A entidade também criticou a metodologia da pesquisa.
Do acordo com a Aspa, o retorno às aulas deve ter respaldo técnico-científico e protocolos de segurança sanitária, tendo em vista, sobretudo, a saúde das pessoas do grupo de risco. Assinala ainda que a enquete apresentou ao participantes apenas os meses de maio, junho e julho como opções de reabertura das salas de aula, sem considerar datas posteriores.
A secretaria elabora modelo híbrido dividindo as turmas em aulas presenciais e a distância, justamente para diminuir a quantidade de estudantes em sala.
A declaração do secretário de Educação é compartilhada por outros membros do núcleo duro do Palácio do Buriti. Ibaneis já enfatizou publicamente que, para ele, agrada a ideia de volta das aulas a partir de agosto.