A gigantesca repercussão negativa que teve a ousadia do ministro Celso de Mello, do STF, de ameaçar mandar fazer busca e apreensão do telefone celular do Presidente da República levou a um recuo do decano da suprema corte.
Logo após o comunicado duro emitido na última sexta-feira (22/05) pelo General Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que afirmou textualmente que tal medida poderia “ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”, Celso de Mello afirmou que não emitiu ordem para a busca e apreensão.
De fato, conforme apontamos no artigo PEDIDO DE APREENSÃO DE CELULAR É UMA TENTATIVA DE HUMILHAR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, publicado também na sexta-feira, tal ordem não foi emitida.
Mas a atitude do decano da corte de não rejeitar de pronto o pedido descabido e, em vez disso, ter feito o encaminhamento para a manifestação do Procurador Geral da República, constitui-se por si só numa aberração. O comunicado duro do General Heleno e as afirmações igualmente enfáticas do Presidente dizendo que jamais cumpriria tal determinação, aparentemente demoveram o Celso de Mello desta sandice.