O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, esteve no local para cumprimentar os apoiadores. De acordo com os organizadores, a Polícia Militar não teria autorizado que o carro de som do grupo descesse para a área da Esplanada dos Ministérios, onde, por volta das 9h, começou a outra manifestação, que se colocava como pró-democracia, contra o fascismo e o racismo.
Por volta das 11h, em frente ao Ministério da Economia, ao lado de uma tenda onde estava parte do grupo pró-Bolsonaro, um homem vestido de preto foi parado por policias e revistado. Em seguida, foi detido pela polícia. De acordo com os manifestantes bolsonaristas, ele portava álcool e uma arma. “Ele iria jogar álcool em nós”, afirmou um militante. A polícia não confirmou as informações. Veja vídeos do momento:
Por volta das 11h30, o movimento na Esplanada era pequeno. Com algumas centenas de pessoas espalhadas entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Praça doa Três Poderes, não havia registro de aglomerações.
Apesar das regras impostas pelo GDF para conter o avanço do novo coronavírus, dezenas de manifestantes não usavam máscaras.
Três fatos se destacaram na manhã deste domingo: a quantidade de policiais e bombeiros militares ao longo da avenida; as “figuras”, como Batman e uma versão tupiniquim do presidente norte-americano Donald Trump, e a grande presença de ambulantes.
Na Praça dos Três Poderes, líderes do grupo de manifestantes que apoiam o governo Bolsonaro, conseguiram unir pessoas que vestiam verde e amarelo com uma caixa de som e microfone. O discurso a favor do presidente consistia também em ataques ao STF e aos manifestantes de esquerda.
Os falantes alegaram que o outro grupo de protesto presente em Brasília são “comunistas” e “terroristas”.
“Esquerda demoníaca. Eles defendem aborto de criança, assassinato, genocídio”, disse Maurício Costa do Movimento Brasil Conservador, que discursava no microfone. Os ouvintes a todo momento aplaudiam e gritavam palavras de apoio.
Além disso, foi exaltado que a manifestação é em apoio à democracia e ao “primeiro governo realmente democrático da história do Brasil”.
Por fim, citaram o que ocorre nos Estados Unidos, fazendo apologia ao armamento livre. “Os americanos têm liberdade e têm armas para se defender. Como diz o Bolsonaro, o povo armado jamais será escravizado. Hoje, quem pode ter arma no Brasil, são os vagabundos e criminosos”. A dispersão dos apoiadores do governo começou por volta das 13h.
Porém, com os embates entre apoiadores e oposição no último domingo (31/05), Bolsonaro usou as redes sociais pra pedir aos admiradores que deixem as ruas neste fim de semana. Apesar disso, líderes dos grupos favoráveis ao mandatário, como o 300 do Brasil, convocaram os militantes e prometeram encher as capitais com os “verde e amarelo”.
O general Heleno chegou a ir ao ato deste domingo e ficou poucos minutos, tempo suficiente para analisar o protesto. Em seguida, ele seguiu direto ao encontro do mandatário.
A Esplanada dos Ministérios ficou dividida, na manhã deste domingo (07/06), entre apoiadores e oposição ao governo Jair Bolsonaro. Por volta das 11h – horário de chega de Heleno ao Alvorada – o grupo contrário ao governo ainda era maioria, mas já começava a se dispersar.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram deslocados para o local para apartar quaisquer confrontos.