As 112 motos que custaram R$ 6,4 milhões aos cofres da Polícia Militar do Distrito Federal e estavam paradas desde dezembro do ano passado já estão rodando pelas cidades do DF. Os veículos foram distribuídos para o patrulhamento motorizado nessa segunda-feira (13/7), um dia após o Metrópoles publicar matéria mostrando que os veículos, empoeirados, estavam se deteriorando na garagem do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).
A reportagem apurou que as instruções de adaptação já foram passadas aos policiais nesta terça (14/7). Motociclistas das unidades onde as motos serão empregadas fizeram cursos de capacitação com a finalidade de serem multiplicadores para o restante da tropa.
As motocicletas Tiger 800 são completamente diferentes das usadas pela PMDF. Recheadas de novas tecnologias, como sistemas de freios, opções de modos de pilotagem e computador de bordo, as motos irão substituir as antigas, já desgastadas.
Ao todo, 50 unidades tiveram como destino o Batalhão de Motopatrulhamento Tático (BMT) e as outras 62 motos seguiram para o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). Os equipamentos foram comprados por meio de licitação, em outubro do ano passado, e entregues, efetivamente, em dezembro. De lá para cá, não haviam deixado a garagem.
Justamente na última sexta-feira (10/7), quando a reportagem acionou a Polícia Militar do DF para questionar o motivo de as motos estarem sem uso, guardadas em depósitos, a corporação informou que o novo contrato havia sido celebrado naquele mesmo dia em que o Metrópoles entrou em contato.
Segundo o Comando-Geral da PMDF, as motos foram compradas e, após o recebimento, a Polícia Militar iniciaria o serviço de manutenção.
“Tal contrato fica restrito a apenas uma empresa no DF, fato este que, aliado às restrições da pandemia, geraram demora em sua conclusão. O contrato foi assinado na data de hoje (10/7) e já está em vigor. Por esse motivo, as motos já estão disponíveis para o patrulhamento”, ressaltou o Comando-Geral em nota encaminhada à reportagem.