Mas como ficam as igrejas menores? Devem permanecer fechadas? E as capelas, terreiros, centros? Quais as determinações? O Metrópoles conversou com o chefe da Coordenação de Assuntos Religiosos do DF, Kildare Meira, e ele explicou que todos os estabelecimentos religiosos estão e ficarão abertos, mas somente os templos com mais de 200 lugares podem realizar celebrações.
“As igrejas ou templos com menos de 200 lugares podem ficar abertos, mas somente para atendimento individual. Os fiéis podem procurá-los para atendimento espiritual e confissão. Eles não podem realizar missas, cultos, mas a orientação espiritual deve estar sempre disponível”, afirmou Meira.
Pequenas capelas podem ainda abrir para reza e para celebrar cultos e missas on-line. Elas ficam impedidas de funcionar somente nos serviços presenciais coletivos.
Deve haver ainda a fixação, em local visível e de fácil acesso, de placa com as informações quanto à capacidade total do estabelecimento, metragem quadrada e quantidade máxima permitida de frequentadores. “Assim, será possível fiscalizar se o decreto está sendo cumprido”, afirmou chefe da Coordenação de Assuntos Religiosos do DF, Kildare Meira.
A fiscalização do descumprimento das regras será feita mediante denúncia da população. Quem vir templos lotados, com aglomeração de fiéis, deve denunciar pelos números 162 opção 2 ou 150. Se houver descumprimento das normas estabelecidas, o local pode ser interditado até o cumprimento das regras.
Em uma carta aos sacerdotes do Distrito Federal, o administrador apostólico da Arquidiocese de Brasília, dom José Aparecido, orientou como devem ser as celebrações dos sacramentos na capital do país. Como as atividades religiosas passaram a ser consideradas essenciais, o líder católico resolveu deixar claras as limitações que devem ser respeitadas por párocos e fiéis.
Ele ratificou as medidas definidas pelo GDF. O bispo recomendou o adiamento de batismos e matrimônios. Mas os sacerdotes não devem negar esses sacramentos aos fiéis, desde que adotadas todas as precauções para a realização das cerimônias. Os envolvidos estão dispensados dos cursos preparatórios para evitar aglomerações, contudo, todos terão que conversar diretamente com os párocos para acertar os detalhes.
As celebrações de crisma seguem suspensas. Porém, no caso desse sacramento e do batismo, o perigo de morte pode abrir exceções. Um sacerdote pode crismar uma pessoa, com a autorização de dom José ou dom Marcony. E os próprios pais podem batizar os filhos: se a situação de perigo passar, é preciso procurar um sacerdote e formalizar o sacramento.