A declaração foi antecipada na noite dessa quarta-feira (22/7) pelo presidente da estatal em entrevista exclusiva ao Metrópoles. Leia aqui outros trechos da conversa.
No último dia 15, o Senado aprovou com alterações a Medida Provisória (MP) nº 944, que vai destinar R$ 12 bilhões para o Programa de Apoio às Empresas de Porte Pequeno (Pronampe).
Hoje, a proposta aguarda aprovação da Câmara dos Deputados. “Se tiver esse espaço que o Senado aprovou, no dia seguinte a gente empresta R$ 5 bilhões”, disse Guimarães.
“Ou seja, nós já emprestamos próximo de R$ 8 bilhões [a micro e pequenas empresas], e temos mais R$ 5 bilhões só esperando a liberação”, completou o presidente do banco.
Além do Pronampe, a Caixa Econômica oferece outras linhas de crédito para micro e pequenas empresas, como o Crédito Assistido Sebrae, amparado pelo Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe).
Ele ressaltou que nenhuma parte desse dinheiro a ser liberado vai para grandes empresas. “Qual é o know how da Caixa? A padaria do seu Joaquim. A força da Caixa é no interior, no Norte, no Nordeste e nas cidades pequenas”, disse.
Após um mês do lançamento, a Caixa atingiu – no último dia 14 de junho – o limite do Fundo Garantidor de Operações (FGO), no valor de R$ 7,5 bilhões, que autoriza o Pronampe.
“Como o dinheiro acabou rápido, acabou antes de a gente poder emprestar. Então a análise já está feita. Tem R$ 5 bilhões em análises já aprovadas para que a gente possa emprestar”, afirmou.
“As pessoas não imaginavam que seria esse sucesso. E isso é muito importante, pois nunca houve crédito para microempresa no Brasil, mesmo antes da pandemia”, disse o presidente.
Guimarães comentou também o fato de o montante ser destinado, em sua maioria, para pequenas empresas, e não para microempresas, que, na prática, necessitam de mais ajudam durante a crise.
“Você está certo, o maior volume é para pequena empresa, mas não é o maior número, porque para uma você empresta R$ 10 mil e, para outra, R$ 100 mil”, ressaltou o presidente.
“E por que isso é um fato? Porque existe uma questão de organização, de ir atrás. A gente está criando uma esteira digital, como a gente tem do auxílio emergencial”, complementou.
Segundo ele, é a primeira vez que se está emprestando dinheiro para um segmento (microempresas) que nunca recebeu, mas esse segmento não é tão organizado, ao contrário das pequenas empresas.
Logo, a Caixa vai lançar em agosto um novo aplicativo voltado para as micro e pequenas empresas, em que os clientes poderão acessar e contratar todas as soluções financeiras do banco para os negócios.
“Por que [o maior volume de crédito vai para pequenas empresas]? Porque existe uma questão de organização, de ir atrás. A gente está criando uma esteira digital, como a gente tem do auxílio emergencial“, disse.
Com o lançamento pela Caixa da esteira digital, o cliente precisará ir a agência apenas para assinatura do contrato. Toda a análise para liberação do crédito ocorrerá digitalmente.