Por 2 votos a 1, a Segunda Turma do STF determinou hoje a retirada do termo da delação de Antonio Palocci da ação em que Lula é acusado de receber imóvel de R$ 12 milhões da Odebrecht para sediar o Instituto Lula.
A defesa afirmou que a inclusão do documento, que lista as acusações do ex-ministro em seu acordo de colaboração, bem como a retirada do sigilo, poucos dias antes das eleições de 2018, representou quebra de imparcialidade de Sergio Moro, que determinou as medidas.
Na época, Moro esclareceu que a inclusão do documento não seria levada em conta no julgamento final do caso, ainda pendente de sentença na primeira instância, mas a defesa protestou: alegou que o ato teve objetivo de influenciar a disputa presidencial.
ONDE ESTAVAM CARMÉN E CELSO DE MELO?
Carmen Lúcia e Celso de Mello não participaram do julgamento virtual do recurso de Lula, deixando Edson Fachin sozinho na Segunda Turma.
Com isso, ficou fácil para que Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes acolhessem a tese do condenado para retirar da ação penal do Instituto Lula o termo geral da delação de Antonio Palocci.
Embora os depoimentos do ex-ministro, como testemunha, permaneçam válidos no processo, a decisão abre precedente sobre a questão da imparcialidade de Sergio Moro, que é alvo de outro recurso nas mãos de Gilmar.
ENQUANTO ISSO, NO STF...
Enquanto isso, a Segunda Turma do STF vai implodindo a Lava Jato e Sergio Moro, para salvar Lula.
E assim o Brasil vai caminhando a passos largos em direção ao passado.
Impressiona mesmo sendo previsível.