07/08/2020 às 08h47min - Atualizada em 07/08/2020 às 08h47min
ALEXANDRE BALDY (PP), É PRESO EM OPERAÇÃO DA PF EM SÃO PAULO
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (6) o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy (PP), durante operação para desarticular um grupo de empresários e agentes públicos que realizavam contratações irregulares para serviços públicos, especialmente na área da saúde.
Preso em São Paulo, Baldy é secretário da gestão do governador João Doria (PSDB) desde o início do ano passado. Ele também já foi ministro das Cidades durante o governo de Michel Temer (MDB) e ainda deputado federal por Goiás. Foram cumpridos seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Os mandados da operação Dardanários estão sendo cumpridos nas cidades de Petrópolis (RJ), Goiânia, Brasília, São Paulo e São José do Rio Preto (SP).
O ex-presidente da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), Rafael Lousa, foi preso em Goiás. Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), preso em Petrópolis, região serrana do RJ. De 2007 a 2013, ele ocupou o cargo de diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde. A operação desta quinta é um desdobramento das investigações realizadas no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS. Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e após procedimentos de praxe, serão encaminhados ao sistema prisional e carão à disposição da justiça.
Os mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, estão sendo cumpridos pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Combate a Crimes Financeiros (Delecor), com apoio do Ministério Público Federal (MPF). Em nota, a Assessoria de Comunicação do Alexandre Baldy, armou que foi “desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou”. Conra aqui A assessoria de imprensa da Polícia Federal em Goiás ainda não apresentou informações quanto as diligências no Estado.
Também por meio de nota, a Juceg esclarece “que tratam-se de contratos rmados, segundo procuradores do MPF, na gestão do ex-governador Marconi Perillo, datados do anos de 2013”. Ainda na nota, a Juceg arma “que não foi alvo de nenhum mandado por parte da PF e tampouco por parte do MPF na data de hoje e que há, em vigência, desde 2019, quando a nova gestão do Governo de Goiás assumiu, 25 contratos atuais com empresas, nenhuma delas citadas na operação”.
No documento, a Juceg ressalta que “a atual gestão da Juceg, em consonância com o atual Governo do Estado, não coaduna com direcionamento de contratos ou qualquer outra atividade ilícita, pautando todos os seus atos pela transparência, legalidade e impessoalidade”