A delação premiada do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos cita um esquema de corrupção em contratações da pasta. As declarações, homologadas na quarta-feira (12) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), dão conta que o governador do Rio, Wilson Witzel, estaria envolvido em caso de desvio de dinheiro público.
Edmar assumiu a Secretaria estadual de Saúde logo no início do atual governo, em janeiro de 2019, e foi afastado em maio deste ano em meio a suspeitas de irregularidades na compra de respiradores para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. No entanto, Witzel criou um novo cargo para readmitir o secretário: a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19.
Edmar deixou o novo posto duas semanas depois de assumi-lo. O ex-secretário foi preso preventivamente no dia 10 de julho. Após tratativas de delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), ele ganhou o direito de responder em liberdade.
Procurado, o advogado de Edmar, Bruno Fernandes, não se pronunciou. Já a defesa de Witzel disse que “reitera a absoluta lisura do governador”. “O instrumento da delação não é prova para qualquer juízo de condenação, servindo apenas como início de uma prova que ainda deverá ser obtida pela acusação. A defesa confia em que absolutamente nada será encontrado e aguarda acesso aos autos”