Testemunhas ouvidas pela 35ª Delegacia de Polícia de Campo Grande (Rio) no inquérito que apura a produção de vídeos de pornografia infantil por Klaus Fischer, 73 anos, afirmam que crianças eram penduradas no teto do estúdio usado pelo criminoso, por meio de algemas e roldanas e dessa forma teriam ocorrido os abusos.
“As informações se confirmam diante dos vídeos que nós vimos de cunho sexual. A característica de lá era de sadomasoquismo”, afirma Luis Maurício Armond, delegado que investiga o caso, em entrevista ao portal O Dia.
O alemão foi descoberto pela polícia do Rio de Janeiro por supostamente praticar crime de pornografia infantil. Segundo as investigações, o suspeito atraía crianças a um estúdio em troca de presentes, como roupas e brinquedos. No local, ele obrigaria as vítimas a participar de atos sexuais enquanto gravava as cenas.
O abusador escolhia crianças de 5 a 15 anos e usava uma mulher para aliciar os menores, de identidade ainda não identificada pelos investigadores. Ele foi preso na noite dessa quinta-feira (13/8) em um sítio na Baixada Fluminense, para onde fugiu após a descoberta do estúdio. De acordo com a polícia, o homem tentou correr dos agentes e acabou sofrendo uma queda, que o deixou com ferimentos no rosto.
De acordo com testemunhas, ele gravava os vídeos para vender na internet.
O homem é dono de uma agência de turismo com sede em Copacabana e, por isso, tem o visto permanente brasileiro. Os investigadores suspeitam que Klaus use a empresa para promover turismo sexual de crianças e adolescentes.
Ele é suspeito de abusar de centenas de crianças.