19/08/2020 às 07h20min - Atualizada em 19/08/2020 às 07h20min

Polícia não descarta exames de DNA em outros familiares de menina estuprada

R. H. de J., de 33 anos, pediu, em vídeo que circula nas redes sociais, testes no avô e no "filho do avô" que moravam com a garota TÁCIO LORRAN

Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) não descartou a possibilidade de realizar exames de DNA para checar se o avô e um tio da menina de 10 anos grávida vítima de estupros também a violentaram, como teria feito R. H. de J., de 33 anos, um outro tio da garota que foi preso nesta madrugada, em Betim (MG).

Antes de ser preso, o suspeito afirmou, em vídeo que circula nas redes sociais: “Uma coisa eu peço: da mesma forma que vão fazer um exame meu, quero que façam o exame do avô dela e do filho do avô dela que moravam na casa”. A polícia considera a possibilidade de realizar exames de DNA em outros membros da família.

“Essa possibilidade será checada pela Polícia de São Mateus, mas as investigações apontam que os abusos eram praticados por ele. Ele disse que os atos eram consentidos, mas não há consentimento com crianças de 10 anos. Ele falou que tinha relações com a menina desde 2019”, disse o delegado Ícaro Ruginski.

Em nota, a Polícia Científica de Pernambuco, através do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, informou ter coletado as amostras biológicas do feto e da vítima, de 10 anos. “Já estão em andamento as perícias de Genética Forense. O resultado dessas pericias constituirá prova material do crime, sendo de fundamental importância para a indicação de autoria”, completou.

Em coletiva realizada nesta terça-feira (18/8), o delegado afirmou também que a menina foi ao hospital pois estava com dores abdominais, e negou a possibilidade de exames de pré-natal. “Essa menina foi ao hospital por causa de dores abdominais, nada relacionado à saúde. Os profissionais entenderam por bem fazer o exame e se detectou a gravidez”, completou.

“Informalmente, aos policiais, ele afirmou que realmente possuía alguma intimidade com essa menina e fez abusos contra ela. Contudo, a equipe da delegacia vai explorar todas as hipóteses que foram apresentadas”, disse.

R. H. de J. afirmou que tinha um relacionamento com a menina de 10 anos e que ela teria consentido com os atos sexuais. “Não existe consentimento de criança até os 14 anos. Mesmo havendo o [suposto] consentimento, é considerado estupro de vulnerável”, complementou o delegado. Os abusos sexuais estariam sendo cometidos há cerca de quatro anos.

A criança ficou grávida, mas interrompeu a gestação após autorização da Justiça capixaba.

 


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