A Amazônia, ‘pulmão do mundo e orgulho dos brasileiros’, não sucumbirá ao desmatamento, muito menos às queimadas. Foi o que garantiu nesta sexta-feira, 28, o vice-presidente da República Hamilton Mourão. Mais cedo o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles disse que estava suspendendo ações de preservação da região por falta de verbas.
Mourão preside o Conselho da Amazônia Legal. Salles, segundo ele, precipitou-se ao anunciar a suspensão das operações de combate ao desmatamento e às queimadas não só na floresta amazônica, como também no Pantanal. O descontentamento de Salles é com bloqueio de 60 milhões no orçamento do Ibama e no Instituto Chico Mendes.
Mourão garantiu, porém, que o bloqueio não será oficializado. Ele chegou a tocar no assunto com o ministro da Economia Paulo Guedes. Logo após as declarações do vice-presidente, o Ministério do Meio Ambiente divulgou nota dizendo que os recursos estariam disponíveis a partir de segunda-feira, 31.
A manifestação de Salles provocou mal-estar no governo, no Congresso Nacional e nas ONG’s que defendem o meio ambiente. O próprio Mourão indicou seu grau de insatisfação:
“O ministro se precipitou, pô, precipitação do ministro Ricardo Salles. O que tá acontecendo? O governo está buscando recurso para poder pagar o auxílio emergencial. É isso que eu estou chegando à conclusão. Então, está tirando recursos de todos ministérios. Cada ministério oferece aquilo que pode oferecer, né?”, declarou.
Mourão disse que conversou com Salles por telefone. Segundo ele, o ministro do Meio Ambiente precisa entender que não agiu da melhor forma ao divulgar a nota.
“Vamos esperar que agora ele reflita e chegue à conclusão que não foi a melhor linha de ação a que ele tomou. E criou um caso aí que não era para ser criado”, afirmou o vice-presidente.