O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o grupo supostamente comandado pelo pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, usaria laranjas, imóveis, offshore e depósitos fracionados para lavar o dinheiro desviado de contratos do governo do Rio de Janeiro. A informação é do portal G1.
O político e seus dois filhos, Filipe Pereira e Laércio Pereira, foram presos nessa sexta-feira (28/8) na Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do cargo do governador Wilson Witzel (PSC-RJ).
Relatórios de inteligência financeira mostram R$ 884 mil em depósitos fracionados em dinheiro nas contas de duas empresas controladas por Everaldo e os filhos. As movimentações apontam para esquemas anteriores à chegada de Witzel ao poder.
Segundo a denúncia do MPF, Everaldo “realizou dezenas de depósitos em espécie, em valor fracionado, de modo a dissimular o total da movimentação, em atividade típica de lavagem de capitais”.
“A necessidade de encobrir os valores ilícitos recebidos levou os investigados a realizarem uma série de atos de lavagem de capitais, cujas transações financeiras foram detectadas pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF, antigo COAF).”
Os documentos mostram que a EDP Corretora de Seguros, que tem o pastor e os filhos como sócios, recebeu 176 depósitos em espécie no valor total de R$ 741.739 entre 3 de junho de 2015 e 13 de maio de 2020.