A família de Pedro Henrique Krambeck, estudante de medicina veterinária e suspeito de tráfico de animais exóticos, era o centro da associação criminosa que atuava na venda irregular e criação de espécies selvagens sem licença no DF. A conclusão sobre a atuação de Pedro, da mãe dele, Rose Meire dos Santos, e do padastro é do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em denúncia contra quatro dos 11 indiciados pela Polícia Civil do DF no Caso Naja.
Nesta sexta-feira (4/9), a Justiça do DF aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e, a partir de agora, Pedro Henrique Krambeck, a mãe, o padrasto e Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro, viram réus no Caso Naja.
Os quatro responderão por três crimes: associação criminosa, venda e criação de animais sem licença e maus-tratos contra animais. Rose Meire, Clóvis e Gabriel Ribeiro também responderão por fraude processual e corrupção de menores.
O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Paulo José Leite Farias, respondeu ao questionamento do Metrópoles acerca de comandantes na associação criminosa, que vai além dos quatro denunciados. Segundo ele, a família de Pedro era peça-chave no esquema.
Delegado William Andrade Ricardo em coletiva de imprensa sobre Operação Snake na DPEJacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Pedro Krambeck
Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DFRafaela Felicciano/Metrópoles
Pedro Krambeck
Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no GuaráRafaela Felicciano/Metrópoles
Pedro estudante de veterinária
O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamenteFoto: Reprodução
Caso Naja de Brasília - Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul
O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpenteReprodução
Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestresArquivo/Metrópoles
A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DFArquivo/Metrópoles
Pedro foi detido no apartamento onde mora, no GuaráArquivo/Metrópoles
caso naja
Policiais na casa de Pedro na manhã do dia 29 de julhoRafaela Felicciano/Metrópoles
No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raroMaterial Cedido ao Metrópoles
Ela costuma viver em regiões da África e da ÁsiaMaterial Cedido ao Metrópoles
Naja
A Naja não é uma cobra típica do BrasilFoto: Reprodução
naja zoológico de Brasília
Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
naja zoológico de Brasília
Brasil não tem soro para o animalIvan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
naja zoológico de Brasília
A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiroIvan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
Cobra naja
Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
naja zoológico de Brasília
A Naja foi transferida para o Butantan, em SPIvan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
naja zoológico de Brasília
No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
Naja no Zoo de Brasília
Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
Delegado Willian Ricardo
Delegado William Andrade Ricardo em coletiva de imprensa sobre Operação Snake na DPEJacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Pedro Krambeck
Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DFRafaela Felicciano/Metrópoles
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Segundo denúncia do MPDFT, Clóvis Eduardo Condi e Rose Meire, eram coniventes com os delitos praticados em seu apartamento, no Guará, ambos agindo de forma associada para o cometimento de delitos contra a fauna.
Clóvis Condi, ainda de acordo com o órgão, de maneira livre e consciente, participou dos delitos, dando subsídio financeiro para a guarda e cativeiro de serpentes e da alimentação viva (camundongos) e congelada, pois os animais eram criados, alimentados, reproduzidos e comercializados a partir de sua residência, no âmbito familiar.
Rose Meire, participava nos cuidados dos animais e dos ovos decorrentes de reprodução realizada no apartamento da família. Segundo imagens que constam no processo, a alimentação para os animais silvestres ficava no freezer da família.
Estudante de veterinária, Pedro, manteve entre 2017 e 2020, diversos animais no apartamento onde morava com sua família.