A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019, “continua tentando manipular as pessoas, fazer com que as investigações tomem outro rumo”, afirma o delegado Allan Duarte, que conduz as investigações do caso e deu entrevista para a CNN nesta terça-feira (8/9). “Só não é possível por conta do conjunto de elementos robustos que a gente conseguiu coletar, apontando na direção dela”, diz ainda o policial.
Flordelis foi indiciada pela polícia e denunciada pelo MP ao lado de outras 10 pessoas, incluindo filhos biológicos e adotivos, além de uma neta. Desde a noite de 16 de junho de 2019, quando Anderson foi morto com dezenas de tiros ao entrar em casa, em Niterói, a pastora Flordelis sustenta que o marido foi vítima de uma tentativa frustrada de assalto.
Segundo Duarte, Flordelis “arregimentou pessoas, as convenceu a cometer esse crime, avisou sobre a chegada da vítima até o local e financiou a compra da arma”.
O delegado disse ainda que será apurada a participação de pelo menos mais quatro pessoas no crime. São novos suspeitos, cujos nomes não foram revelados, mas incluem outros familiares de Flordelis e pessoas próximas.
Deputada Flordelis, que recentemente teve o marido assassinado, retorna à CâmaraIgo Estrela/Metrópoles
Pastor Anderson e a deputada FlordelisReprodução
A parlamentar foi acusada pelo Ministério Público como a mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmoreprodução
Na primeira entrevista concedida após ter sido acusada de comandar a morte do marido, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) contou que fez sexo com o pastor Anderson do Carmo, no capô do carro, horas antes do crimeredes sociais/ reprodução
Segundo Flordelis, no dia do assassinato, ela e Anderson chegaram em casa já de madrugada, em torno das 3h Reprodução
"Fomos à Copacabana, andamos no calçadão, fizemos as brincadeiras, andamos na praia. Depois fomos para o carro, ele pegou uma pista deserta. Nós paramos ali, namoramos, que era uma coisa normal nossa, na estrada", disse a deputadaredes sociais/ reprodução
Flordelis em áudio para sua igreja: "Vamos vencer esta batalha na oração", em referência ao caso do assassinatoredes sociais/ reprodução
"Me beijou bastante, eu sentei no capô do carro e tivemos relações. Falei 'Amor, amanhã a gente vai acordar cedo, né?'. Isso foi por volta de 2h e alguma coisa", completou a deputadaReprodução
A parlamentar negou por várias vezes ter envolvimento na morte do marido e se disse vítima de uma injustiça. "Eu preciso saber quem matou meu marido. Eu não sei. Se eu soubesse, eu falaria aqui agora. Quem matou meu marido está desgraçando com minha vida. Eu não estou escondendo nada", afirmou.Claudio Andrade/Câmara dos Deputados
"Estou vivendo o pior momento da minha vida. Não estou preparada para ser presa, e não vou ser. Porque eu sou inocente, e a minha inocência será provada. Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando. Eu não fiz. Não é real, não é verdade. É uma injustiça", garantiu.redes sociais/ reprodução
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Flordelis em entrevista no Fantástico em 2019Reprodução/TV Globo
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Binho Dutra/Divulgação
Deputada Flordelis, que recentemente teve o marido assassinado, retorna à CâmaraIgo Estrela/Metrópoles
Pastor Anderson e a deputada FlordelisReprodução
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“Após encerrada essa última fase [denúncia de Flordelis e demais réus], desmembramos o inquérito para apurar a participação de outras pessoas. Não vamos revelar os nomes para não atrapalhar as investigações, mas posso adiantar que temos pessoas da família e ligadas à família”, explicou Duarte. “Agora precisamos reunir esses dados, organizar em uma sequência cronológica, para só então podermos ouvir testemunhas e dar a oportunidade de essas pessoas esclarecerem o que de fato ocorreu”, concluiu.