O advogado Frederick Wassef, alvo de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (9/9), é investigado por ter recebido de forma irregular R$ 2,7 milhões de dinheiro público.
O montante teria sido obtido por meio de contratos realizados entre o escritório da ex-procuradora Luiza Nagib Eluf e a Fecomércio do Rio de Janeiro, segundo a PF.
O esquema é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). Ao todo, 26 pessoas, entre elas 23 advogados e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, foram denunciados.
Frederick Wassef atuou na defesa da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até junho deste ano, quando resolveu se afastar para, segundo ele, não prejudicar o presidente.
A saída de Wassef da defesa dos Bolsonaros ocorreu dias após a prisão de Fabrício Queiroz, investigado por suspeita de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Wassef não está entre os 26 denunciados pelo MPF nesta quarta, mas é alvo de um dos 50 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Cerca de R$ 355 milhões das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Fecomércio teriam sido desviados.
A força-tarefa da Lava Jato do Rio apurou que essas entidades paraestatais teriam destinado mais de 50% do orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia.