23/09/2020 às 06h28min - Atualizada em 23/09/2020 às 06h28min

Vigilante denuncia racismo: “Falou que eu era preta igual à minha bota”

Ofensas teriam ocorrido após cliente ser barrado em porta eletrônica de banco, em Rio Verde (GO). Caso foi registrado na Polícia Civil

Avigilante Vanice Pinheiro disse ter sido vítima de racismo por um cliente na agência bancária em que trabalha, em Rio Verde, Goiás, na sexta-feira (18/9). As ofensas teriam ocorrido após a porta giratória impedir o acesso do rapaz. O caso foi registrado na Polícia Civil. As informações são do G1.

O homem teria se recusado a tirar os pertences do bolso. Assim, a porta giratória, que é automática, travou e impossibilitou a entrada.

Ele então teria atacado a vigilante verbalmente. “Ele estava alterado, mas eu estava fazendo o meu serviço. Se olhasse bem, estava falando lá que a porta trava sozinha. Eu nunca ia bater a porta na cara de ninguém. O pessoal todo ficou observando aqueles palavrões que ele falava”, explicou Vanice.

A vigilante afirma que foi ofendida por ser negra e, também, por ser mulher. “Ele falou [que eu era] encardida, uniforme sujo, bota suja, que minha cor era preta igual à minha bota”, contou.
 

A polícia ainda não conseguiu identificar o suspeito, mas informou que vai solicitar as imagens da agência para facilitar na identificação.

O caso foi registrado na Polícia Civil como injúria, por preconceito. Caso seja condenado, o autor pode pegar de 1 a 3 anos de prisão.

O Itaú Unibanco informou que repudia qualquer tipo de ofensa, injúria ou descriminação e que está prestando o apoio necessário à investigação junto à empresa de segurança e às autoridades.


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