23/09/2020 às 06h40min - Atualizada em 23/09/2020 às 06h40min

CGU investigará perito que não voltou ao INSS e atua em clínica particular

Governo tem a lista dos médicos com outros serviços na iniciativa privada, que é quase a totalidade da categoria

O governo está fazendo um monitoramento dos peritos médicos que não querem voltar ao trabalho presencial nas agências do o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas continuam atendendo em consultórios particulares, hospitais e outros estabelecimentos de saúde.

As denúncias de falhas serão investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), segundo apurou o Estadão. O governo tem a lista dos peritos com outros serviços na iniciativa privada — a quase totalidade da categoria — e agora quer saber, se aqueles fora do grupo de risco e que se recusam a fazer o atendimento nas agências abertas do INSS alegando falta de segurança sanitária estão trabalhando em outros locais de saúde.

Essa prática pode ser considerada uma falha disciplinar e não está descartado o risco de abertura de um PAD, como são chamados os processos administrativos contra servidores.

Depois de ameaça do secretário especial de Previdência, Bruno Bianco, de cortar o ponto dos peritos que não são do grupo de risco, começaram a voltar ao trabalho, mas os números mostram que a resistência ainda é alta.

Balanço da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e o Instituto Nacional do Seguro Social informou que nesta terça-feira (22/9) 202 peritos médicos federais compareceram aos seus postos de trabalho nas agências da Previdência e realizaram, até as 9h45 da manhã, 1.071 perícias presenciais. Esses atendimentos ocorreram em 86 agências com perícia médica, das 148 que já estavam com a agenda para o dia.

Segundo o órgão, a partir desta quarta-feira (23/9), 201 agências terão perícias agendadas. O total, portanto, de agências aptas é 201. Há 486 peritos que deveriam ter retornado ao trabalho nesta terça-feira.

O INSS começou a divulgar vídeos na internet das inspeções feitas nas agências do órgão que forem liberadas para o retorno do atendimento presencial da população.


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