A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu, na noite desta sexta-feira (16/10), mais um detento que fugiu do Complexo Penitenciário da Papuda na madrugada de quarta-feira (14/10). Trata-se de Erison Vieira de Moraes. Agora, são 12 recapturados.
A corporação foi acionada para uma ocorrência no Setor de Chácara do Sol Nascente. Lá, os PMs se depararam com o detento fazendo refém um mulher se seu neto. Ele usava uma faca para ameaçar os dois.
Após alguns minutos de negociação, Erison libertou os reféns e acabou se entregando. Apenas na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) descobriu-se que ele era um dos 17 detentos que conseguiram escapar do Centro de Detenções Provisórias (CDP) por meio de um buraco no telhado.
A fuga durou apenas 3 minutos, como explicou delegado da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), Agnaldo Curado Filho.
“Se os policiais não estivessem atentos às câmeras de vigilância, a fuga só seria percebida no outro dia pela manhã”, contou Curado Filho. De acordo com o secretário, ainda nos minutos em que os internos escapavam, os policiais de plantão no CDP I conseguiram pegar três fugitivos.
“Durantes esse tempo, os policiais conseguiram segurar dois internos na própria cela e acionar a sirene, possibilitando que a polícia pegasse um outro preso ainda na dependência do CDP I, mas os outros já tinham fugido”, detalhou. O secretário afirmou que 29 policiais estavam de plantão em todo o centro de detenção na madrugada da última quarta – sete só na Ala C, de onde os presidiários fugiram.
Os policiais seguem nas buscas pelos cinco últimos detentos foragidos. A Seape pretende transferir todos os internos dos locais considerados vulneráveis, como o CDP I. Existem seis pavilhões disponíveis no CDP II e oito no CDP III, unidades recém-construídas, que poderão ser usadas para recebê-los. Para tanto, é imprescindível a autorização da Vara de Execuções Penais (VEP).
Caso seja autorizada, a administração penitenciária precisará preparar as unidades novas para receber os internos, com materiais e equipamentos necessários ao funcionamento das estruturas. Será necessário ligar a rede elétrica, providenciar colchões, cobertores e materiais de higiene pessoal para os presos, entre outras adaptações.