504 GUARDIÕES DA NAÇÃO”
A Suprema Casa da Mãe Joana e o Covil de Ali Babá costumam simular convenientemente eventuais desavenças que não se concretizam, para esconder a parceria aviltante em torno do projeto maior de desmoralizar e inviabilizar o governo a qualquer custo.
Como exemplo, há poucos dias, o ministro Barroso enviou ao Senado a ordem de afastamento por 90 dias do Senador Chico Rodrigues, membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, pego com dinheiro literalmente sujo nas nádegas.
O Presidente do Senado considerou interferência nas atribuições do Congresso e decidiu enviar o caso ao Conselho de Ética, mesmo que o plenário do STF mantenha a decisão de Barroso.
Num jogo de cena barato de teatro mambembe, o presidente do STF marcou o julgamento em plenário para 21 de outubro, mas, atendendo a um pedido do ministro Barroso, que suspendeu sua própria liminar porque o delituoso Senador pediu licença de 121 dias para evitar a cassação do mandato, retirou o assunto da pauta.
Por que 121 dias? Simples: o afastamento superior a 120 dias obriga a convocação do suplente, que é escolhido pelo próprio candidato e não recebe um voto sequer. Neste caso, coincidentemente, o suplente é simplesmente seu filho.
Na outra face da moeda, em nova e ardilosa escaramuça que se avizinha, estão unidas as cabeças da sucuri para desmoralizar mais uma vez a transfigurada e desacreditada Constituição Cidadã, levando de roldão os regimentos internos das duas Casas, para reeleger os presidentes da Câmara e do Senado, pouco importando o interesse da sociedade ou a Constituição Federal.
Apesar do tamanho daquele plenário para acomodar apenas 11 ministros, Suas Excelências continuam fazendo gazeta e votando comodamente dos aposentos de suas mansões, como se fosse impossível manter a separação de 2 metros naquele ambiente ou usar máscaras, a exemplo dos simples mortais.
Pensando bem, talvez as máscaras possam destoar de suas pomposas togas que exigem valetes regiamente pagos para amoldá-las aos seus formosos corpos.
Por isso, segundo postagem na página da UOL, 4 ministros já se haviam manifestado favoravelmente à reeleição pleiteada pelos presidentes do Congresso Nacional.
Tinham que ser eles os mais apressados em marcar posição. Os 4 maquiavélicos “garantistas” de sempre: Lewandowski, o salvador de antas destronadas; Gilmar, o libertador de bandidos; Toffoli, o semianalfabeto jurídico e Alexandre, “o pequeno”.
Até quando vamos permitir que esses dois grupos de antipatriotas mancomunados continuem fazendo um País inteiro de palhaços sem qualquer reação?
O povo, ameaçado pela pandemia, reprimido pela truculência das atitudes ditatoriais dos ministros da Suprema Corte e frustrado pela ausência de um posicionamento mais enérgico das instituições atingidas por esse domínio ilegal, abdicaram de desperdiçar suas manhãs de domingo para protestar sem resposta e taxados de antidemocráticos.
Peço vênias para repetir um texto que já escrevi anteriormente e que se encaixa ainda melhor agora: O Brasil segue refém de um enorme grupo de bandidos corruptos, protegidos por vassalos de toga, todos amparados por uma Constituição Federal viciada, remendada, que nasceu de um estupro praticado por um grupo de anistiados vingadores que, para esconder suas verdadeiras intenções corporativas e parlamentaristas, deram à colcha de retalhos que produziram a alcunha de “Constituição Cidadã”, sendo eles os únicos “cidadãos” que dela se beneficiam até hoje, alterando-a quando e como lhes convier.
A Constituição atual, que nos foi vendida como o marco civilizatório para a sociedade, perpetrando a evolução social e erradicando a fome e a miséria, nada mais fez senão aprofundá-las, tronando-se a raiz da impunidade que perpetua a corrupção no País.
A essência da Constituição reza que o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ELEITOS OU DIRETAMENTE.
Esse poder está sendo exercido ilegal e arbitrariamente por cidadãos pouco qualificados para o cargo que exercem, que não receberam 1 voto sequer e que, ao invés de serem guardiões, agridem e manipulam a Carta Magna ao bel prazer, agindo como vassalos de amos (ex-presidentes) quase todos presos, em vias de prisão ou protegidos por armaduras jurídicas, quase sempre em benefício de comparsas, sejam eles políticos ou empresários.
Nunca é demais relembrar que segundo o parecer juristas renomados, “se todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva, para repactuar a sociedade e o Estado brasileiros, poderia ser feita pelos chefes do Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo, sujeita a referendo popular, nos termos do art. 14, inciso II da atual Constituição Federal e artigo 1º, inciso II da lei 9.709/98, exclusivamente para elaborar e promulgar a nova Constituição brasileira, com mandato por prazo certo”.
Não podemos desistir do Brasil. Vamos exigir nas ruas, nas redes sociais e em todas as ferramentas disponíveis, para que este nosso brado de justiça chegue ao conhecimento daqueles protagonistas institucionais que ainda querem salvar o Brasil.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.