17/12/2020 às 06h35min - Atualizada em 17/12/2020 às 06h35min

Quem é a brasileira acusada de aliciar mulheres para esquema de bilionário canadense

Pouco conhecida no Brasil, a modelo e influencer Suelyn Medeiros, de 34 anos, frequenta, há tempos, os tabloides e sites estrangeiros

METRÓPOLES

Pouco conhecida no Brasil, a modelo e influencer Suelyn Medeiros, de 34 anos, frequenta, há tempos, os tabloides e sites de celebridades estrangeiros.

Nascida em Nova York e filha de brasileiros, Suelyn tem dupla nacionalidade. Por aqui, ganhou os noticiários em julho após ser detida por posse de drogas e por estar sem máscara em Ipanema, no Rio de Janeiro. Na época, segundo o UOL, Suelyn chegou a ser dada como desaparecida pela família brasileira.

Nos EUA, no entanto, conseguiu capitalizar o nome e é rosto conhecido no jet set internacional desde 2006, quando participou de um desfile na Semana de Moda de Nova York ao ser descoberta por um olheiro. Atualmente, tem mais de 2,6 milhões de seguidores no Instagram.

Adotou a alcunha de Kim Kardashian brasileira, a quem é comparada pelo corpo curvilíneo. Assim como a empresária, também teve uma sex tape vazada.
 

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Durante a carreira, participou de inúmeros clipes de cantores americanos, como Snoop Dogg, JLo, 50 Cent e Chris Brown. Atuou em filmes pouco conhecidos, escreveu uma biografia e foi namorada do bilionário Peter Nygard, de 79 anos, investigado por tráfico de mulheres e aliciamento de menores. Suelyn, inclusive, está sendo acusada de participar do esquema criminoso. Em dois processos judiciais, ela é apontada como aliciadora das vítimas.

Em 2011, aos 25 anos, ela teve uma passagem pela polícia ao bater com o carro em outro, estacionado. Segundo o site TMZ, a polícia disse que Suelyn estava embriagada. A modelo teve que fazer reabilitação por três meses.

Entenda o caso
 

A brasileira Suelyn Medeiros é apontada como uma das participantes de um grande esquema de tráfico sexual nos Estados Unidos, organizado pelo bilionário e empresário da moda Peter Nygard. As informações são do jornal canadense CBC.

O estilista Nygard foi acusado na última terça-feira (15/12) de tráfico sexual, extorsão e outros crimes cujas vítimas eram mulheres e garotas menores de idade por mais de 25 anos em três países diferentes, informaram as autoridades americanas.

A polícia canadense prendeu Nygard em Winnipeg, Manitoba, na segunda a pedido do governo dos EUA e sob o tratado de extradição dos dois países.

O procurador dos EUA em Manhattan, Audrey Strauss, disse que Nygard, de 79 anos, usa desde 1995 sua influência e negócios para “recrutar e manter” vítimas nos Estados Unidos, Canadá e nas Bahamas para satisfazer sexualmente a si e a associados.

Nygard fez uma aparição perante um juiz em Winnipeg, onde ele usava uma máscara branca, uma camiseta cinza e calça de moletom, com o cabelo preso. Elkan Abramowitz, um advogado de Nova York que representa o estilista, não quis comentar o assunto.

 

Nygard também enfrenta ações coletivas na esfera civil que o acusam de comportamento sexual inadequado perante dezenas de mulheres. Ele nega as alegações.

Nascido na Finlândia, Nygard cresceu em Manitoba, e aos poucos criou uma empresa de roupas com seu próprio nome, tornando-se uma das pessoas mais ricas do Canadá.

As autoridades disseram que as vítimas eram atacadas por Nygard ou seus associados, induzidas a tomar drogas, e que ele escolhia vítimas de contextos desvantajosos ou que haviam sofrido abusos.

O indiciamento por nove crimes diz que Nygard usava diversos meios para recrutar vítimas. Entre eles, o que se chamava de Pamper Parties, bancadas pela sua empresa, onde havia comida, bebida e serviços de spa gratuitos, nas suas propriedades na Califórnia e nas Bahamas.

A investigação aponta que Nygard levava algumas vítimas (a quem ele chamava de “namoradas”) para clubes de swing onde elas seriam intimidadas a ter relações sexuais com outros homens, “para facilitar Nygard a fazer sexo com outras melhores e para sua própria satisfação sexual”.

Ele também usou ameaças de prisão, danos morais e processos judiciais para silenciá-las.

Em fevereiro, Nygard deixou o cargo de presidente da Nygard International depois que o escritório em Nova York foi investigado pelo FBI.


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