A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (2/2), a Operação Quinta Coluna, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre associação criminosa que se utilizou de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para remeter drogas para a Espanha. As investigações também englobam lavagem de ativos obtidos mediante prática delituosa.
Um sargento da FAB já foi preso na cidade de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019. Segundo a apuração, além dele, outras pessoas se associaram, de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas. Foram apresentados à Justiça elementos que indicam pelo menos mais uma remessa de entorpecente para a Europa.
Na capital federal, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados que restringem a comunicação dos investigados e saída deles do Distrito Federal. Uma academia localizada na Asa Sul foi alvo dos policiais.
A Justiça Federal do DF ainda determinou o sequestro de imóveis e veículos dos envolvidos no esquema criminoso. Militares da FAB também participam do cumprimento das medidas.
Em relação à lavagem de dinheiro, as apurações apontam diversas estratégias do grupo criminoso para ocultar os bens provenientes do tráfico de entorpecentes, especialmente a aquisição de veículos e imóveis com pagamentos de altos valores em espécie.
As investigações não se confundem com os processos por tráfico internacional de drogas que tramitam perante a Justiça Militar. Os crimes de associação para o tráfico e lavagem de dinheiro têm penas que vão de 3 a 10 anos de prisão.