Após a pausa na imunização durante o feriado de Carnaval, a vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal será retomada às 14h desta Quarta-feira de Cinzas (17/2). Os profissionais da saúde voltam a atender os idosos com 79 anos ou mais e quem já pode tomar a segunda dose. Há diferença de tempo para a aplicação da dose final do imunizante, e, a depender da vacina tomada, é preciso observar as orientações.
.Embora tenha se especulado a ampliação da vacina para outros grupos, essa previsão ainda não é confirmada pela Secretaria de Saúde do DF, que espera a chegada de mais imunizantes à capital em 23 de fevereiro.
Por isso, a aplicação não está liberada para os idosos entre 75 e 79 anos. “A Secretaria de Saúde do DF vem adotando cautela na ampliação do grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19, justamente por entender a dificuldade da obtenção de doses de vacina neste momento, e também da prioridade estratégica em garantir a segunda dose da imunização contra a doença”,
Até o momento, 111.028 pessoas receberam a 1ª dose da vacina no DF. A 2ª dose só pode ser tomada por quem cumpriu o período exigido desde a imunização da 1ª dose.
Os prazos entre a 1ª e a 2ª doses variam de acordo com o tipo de imunizante aplicado. Para quem tomou a Coronavac, o prazo é de 14 a 28 dias após a 1ª aplicação. No caso da Covishield, esse intervalo é de até 90 dias.
A vacinação contra Covid-19 começou em Brasília em 19 de janeiro. O DF recebeu 162.560 doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e 41,5 mil doses da Covishield, desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford, com a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca.
Cerca de 5% das doses das duas vacinas fazem parte da reserva técnica para suprir possíveis perdas que possam acontecer ao longo da campanha. Dessa forma, há estoque para uma eventual reposição.
À exceção desta Quarta-Feira de Cinzas, durante a qual a imunização terá início às 14h, a vacinação ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
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Durante a inauguração de posto-base descentralizado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Taguatinga, no último dia 11, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, adiantou que, até o próximo dia 23, chegarão ao Distrito Federal cerca de 100 mil doses da Coronavac.
Segundo Okumoto, existe um plano de distribuição determinado pelo fabricante sobre os IFAs (matéria-prima para a produção do imunizante) que chegaram ao Instituto Butantan, em 3 de fevereiro – na prática, leva em torno de 17 dias para a produção. “Então, estará viabilizada a finalização da fabricação no dia 20, mais ou menos, e, com todo o trabalho de logística, a gente calcula que, no dia 23, estará chegando essa nova quantidade para Brasília”, afirmou.
No momento, idosos de 79 anos ou mais são vacinados no DF. “O quantitativo é de 6,1 mil pessoas recebendo a dose. Como nós iniciamos antes do que Minas e Goiás, muitos idosos do Entorno estão vindo vacinar. Estamos atendendo a todos com maior atenção. Logicamente, quando a gente antecipa a vacinação para 79 (anos), também vamos vacinar esse público aqui no DF”, destacou o secretário de Saúde.
Veja os grupos de vacinação:
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Apesar de dois casos da variante britânica do novo coronavírus terem sido confirmados em Valparaíso e em Luziânia, cidades goianas localizadas no Entorno do Distrito Federal, a Secretaria de Saúde do DF não teve nenhum caso registrado até o momento.
De acordo com a pasta, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep/SVS) e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) monitoram todos os casos da Covid-19 registrados no DF. “Todos os sequenciamentos são encaminhados para os laboratórios de referência. Até o presente momento, não houve devolutiva com confirmação de sequenciamento com outra variante da Covid-19“, informou.
“Ainda não temos essa informação oficialmente. Precisamos receber as informações via Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), mas reforço que os cuidados devem continuar a ser tomados: uso de máscara, distanciamento social”, ressaltou o titular da pasta ao Metrópoles.
Segundo Okumoto, o laboratório de referência nacional é o Instituto Adolfo Lutz, mas o DF “está checando essas amostras que foram analisadas na Fiocruz”, afirmou.