21/02/2021 às 08h05min - Atualizada em 21/02/2021 às 08h05min

Governo de Goiás ativa mais 35 UTIs para tratar pacientes com Covid-19

“A cada dia, ampliamos mais leitos”, afirma governador Caiado. Nova estrutura está distribuída em quatro municípios e reforça rede estadual. Quinze vagas foram ativadas no Hospital Municipal de Rio Verde, cinco em Mineiros, outras cinco em Senador Canedo, que passa a contar com 16 UTIs. Com abertura de mais 10 em Luziânia foi possível reduzir taxa de ocupação hospitalar de 97% para 89%

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), ampliou a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para assistência dos casos de Covid-19. Com a abertura de 10 UTIs em Luziânia, nesta segunda-feira (15/02), foi possível reduzir a taxa de ocupação hospitalar de 97% para 89% na rede estadual. Mais 15 vagas foram ativadas no Hospital Municipal de Rio Verde, cinco no Hospital Municipal Dr. Evaristo Vilela Machado, em Mineiros, e outras cinco no recém-inaugurado Hospital de Enfrentamento à Covid-19 de Senador Canedo, que passa a contar com 16 UTIs.

Ao todo, a rede estadual recebe um reforço de mais 35 leitos para pacientes críticos, e atinge patamar superior à primeira onda, em unidades próprias e conveniadas. O governador Ronaldo Caiado afirmou, nesta segunda-feira (15/02), na Assembleia Legislativa, que o Estado trabalha em parceria para abertura de novas estruturas. “A cada dia, ampliamos mais leitos, mas estamos temerosos diante dessas variantes que chegaram e que têm um perfil totalmente diferente no seu procedimento de avançar na contaminação das pessoas”, explicou o governador, que lamentou e deu os pêsames às famílias de mais 8 mil mortos pelo coronavírus em Goiás.

O governador afirmou que o Brasil já tem, “e em processo extensivo”, a circulação da variante do coronavírus da África do Sul e Reino Unido. “A velocidade de contaminação é algo totalmente diferente da primeira onda. Nesse curto espaço da segunda onda já atendemos o mesmo número de pessoas que na primeira”, alertou.

A ampliação se fez necessária devido ao aumento sustentado da taxa de ocupação hospitalar registrada nos últimos dias. Em alguns locais, como no Hospital de Campanha de Goiânia, 100% dos leitos ficaram ocupados, o que mostra que a pandemia não acabou e que a demanda por internação em unidades críticas é alta. As UTIs são reguladas pela SES-GO e podem receber pacientes de qualquer região do Estado, de acordo com a disponibilidade de vagas e perfil clínico dos pacientes.

O governador Ronaldo Caiado e o secretário de saúde Ismael Alexandrino têm enfatizado reiteradas vezes a necessidade de a população fazer a sua parte para que se diminua a contaminação, sobretudo neste momento em que o Brasil apresenta números crescentes da pandemia, inclusive do surgimento de novas cepas circulantes do vírus.

Vacina

Ainda na Assembleia Legislativa, Ronaldo Caiado afirmou que o Estado deve receber na próxima semana uma nova remessa de vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde. “Existe uma previsão de segunda (22/02) ou terça-feira (23/02), recebermos em torno de mais ou menos 160 mil doses”, declarou o governador, que recebeu resposta do próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O novo lote, segundo Caiado, seria suficiente para ampliar a faixa etária do público imunizado. “(Poderíamos) chegar a um percentual ali de mais ou menos 80 anos de idade, e, sem dúvida nenhuma com a perspectiva de mais vacinas da AstraZeneca, chegarmos até os 75 anos de idade, o que daria a nós um conforto”, ponderou o governador, que afirmou ainda ter “muita esperança” de até o final de março avançar para idosos com idade entre 65 e 70 anos.

Sobre o critério para a imunização contra a Covid-19, Caiado reforçou que, no Estado, já foi deliberado que será por idade. “Tenho que me preocupar com aquilo que as estatísticas demonstram. Quanto mais alta a faixa etária maior a gravidade do caso, número de internações em UTI e percentual de óbitos”, sublinhou. O governador acrescentou ainda que não é aceitável fazer concessões a qualquer segmento enquanto o grupo de risco não for imunizado.


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