São Paulo – Um homem acusa uma médica de se recusar a transferir a esposa grávida com sangramento a um hospital. O caso aconteceu na cidade de Batatais, no interior de São Paulo, na noite de sexta-feira (12/2).
Por volta das 20h, o servente de obras Thiago Henrique Tofanin, 19 anos, levou a esposa, Raiani Cristina Carvalho, 19 anos, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após ela começar a sangrar. Raiani está no segundo mês de gestação e ficou preocupada, pois já perdeu um filho que nasceu prematuro.
O marido acionou uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas o veículo demorou cerca de 30 minutos para chegar, aponta Tofanin. Um amigo levou o casal de carro à UPA Batatais.
Thiago Henrique Tofanin e Raiani Cristina Carvalho
Grávida, Raiani teve sangramento na última sexta-feira (12/3)Arquivo Pessoal
Thiago Henrique Tofanin e Raiani Cristina Carvalho
A jovem de 19 anos já perdeu um filho recentementeArquivo Pessoal
Thiago Henrique Tofanin e Raiani Cristina Carvalho
Grávida, Raiani teve sangramento na última sexta-feira (12/3)Arquivo Pessoal
Thiago Henrique Tofanin e Raiani Cristina Carvalho
A jovem de 19 anos já perdeu um filho recentementeArquivo Pessoal
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A médica, que aparece em vídeo (assista abaixo) com a máscara de proteção no queixo e não foi identificada, afirma que não pode pedir a transferência de Raiani. “Ela me disse que não poderia fazer nada, que não tinha vaga e me mandou voltar para casa”, acusa a dona de casa.
Após decidir gravar com o celular, Tofanin disse à médica que não deixaria o local enquanto a esposa não fosse encaminhada a um hospital. Segundo ele, a especialista hesitou em ligar para a Santa Casa de Batatais, mas entrou em contato em seguida.
Grávida se recupera bem, mas está traumatizada
O casal foi de ambulância à Santa Casa da cidade, mas Tofanin foi impedido de acompanhar a esposa. Ela foi atendida por uma médica e, de acordo com o marido, foi internada em um quarto para crianças. “Ela só me disse que eu teria que sair se uma criança chegasse”, conta Raiani.
Ele conta que Raiani passou a noite no hospital e fez exame de ultrassom. Tofanin ficou à espera de uma resposta na entrada da Santa Casa. “A médica disse que o bebê está bem, com o batimento cardíaco normal, mas não explicou por que ela sangrou”, diz.
Insatisfeito, o casal irá procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e pedir encaminhamento ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para saber mais informações sobre o caso. “Minha esposa está se recuperando, mas está traumatizada.”