Agora, a administração regional quer aproveitar a área coberta para construir nele um espaço que promova atividades para os idosos da cidade, uma demanda da própria comunidade que será financiada por verbas de emendas parlamentares. “O galpão está desativad,o e será uma grande conquista transformá-lo em um equipamento público que trará benefícios para todos ”, afirma a administradora de Santa Maria, Marileide Romão.
Porém, para a edificação ser feita, será preciso criar os limites de um lote, o que está sendo feito pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). O projeto urbanístico que cria as delimitações na área foi debatido em audiência pública on-line na última terça-feira (23).
Segurança jurídica
De acordo com a coordenadora de Projetos da Seduh, Ana Maria Aragão, “a regularização fundiária, por meio da criação de lote, traz a segurança jurídica necessária para a realização de investimentos públicos de modernização de espaços que prestam importantes serviços para a população”. Segundo a administração, o lote legalmente constituído é uma exigência para a concessão do alvará de construção.
Após a audiência, será elaborado um projeto de lei formalizando a criação do lote. O texto deverá ser aprovado pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan) e pela Câmara Legislativa do DF (CLDF). O galpão ocupa cerca de 600 metros quadrados, e o terreno terá cerca de 1,6 mil m².
O pioneiro e líder comunitário Raimundo Nonato Rocha, 77 anos, diz que “é um momento de muito orgulho ver o sonho de dar uma destinação a área começar a sair do papel”. Ele mora em Santa Maria desde 1990 e chegou a trabalhar na antiga Feira da Angelina. “Somos muitos idosos em Santa Maria e não temos nenhum espaço para jogar um dominó, dançar um forró, fazer um bordado”, diz.