“Os desligamentos continuaram bastante elevados. A diferença entre as admissões e os desligamentos fizeram com que o número de empregos destruídos fosse maior”, afirmou a gerente de Estudos e Contas Setoriais da Codeplan, Jéssica Milker.
Os empregos mais afetados foram: faxineiros (16.355), vendedores do comércio varejista (15.367) e auxiliares de escritório (14.049).
O padrão de desligamentos se intensificou nos meses em que houve decreto de restrição de circulação e fechamento de atividades não essenciais. Os mais atingidos com as medidas restritivas foram os trabalhadores de 20 a 40 anos.
Quando se fala em geração de empregos, as atividades de saúde e da construção civil foram as principais responsáveis pela criação de vagas. Cresceram as oportunidades de trabalho para técnicos em enfermagem (3.048), enfermeiros (1.419) e médicos clínicos (1.368). Além disso, surgiram oportunidades na área de servente de obras, com 888 vagas.
As admissões se concentraram na faixa etária de 25 a 30 anos. Com o retorno das admissões, após julho de 2020, o mercado começou a absorver trabalhadores com idades entre 20 e 25 anos.
Após retomar as contratações, o DF demonstrava recuperação até fevereiro de 2021. No entanto, o aumento do número de mortes e de contaminados com a doença indica nova queda nos empregados na capital.
“O mercado estava se recuperando bem, porém, com novas medidas de restrição, as ameaças conjunturais que surgiram vão diminuir esse ritmo de recuperação. Vamos aguardar os próximos números para saber como o mercado de trabalho do DF vai responder”, disse Jéssica Milker.
Os números da Codeplan levam em conta a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia.