O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou, nesta quinta-feira (13/5), dois dos três homens presos por atirarem para o alto durante uma festa ocorrida em Santa Maria, no Natal de 2020. Um terceiro suspeito foi absolvido por falta de provas e deve ser solto nesta sexta (14/5).
Os condenados foram Luca Matheus Ribeiro Lima e o militar di Expercito Thalyson Fideli da Silva. Segundo o juiz, além de a dupla ter confessado o crime, há também testemunhas que comprovaram a materialidade dos disparos.
Dessa forma, eles devem cumprir pena de quatro anos de reclusão e pagar o equivalente a 20 dias-multa (equivale a um trigésimo do salário mínimo na época do crime, corrigido pelo INPC no dia do pagamento).
O terceiro acusado, Leonardo Vinícius Otaviano, que estava preso desde dezembro, foi inocentado por falta de provas. Ao contrário dos outros dois envolvidos, ele afirmou não ter realizado disparos. Também não houve testemunhas que comprovassem a participação dele.
Para a advogada Kelly Moreira, que atuou em favor de Leonardo, a decisão “não só atende aos anseios da defesa, como também reforça o respeito aos princípios constitucionais, uma vez que Leonardo é inocente”. A advogada também lamentou que a prisão tenha perdurado por cinco meses.
O caso
Imagens do evento foram publicadas em redes sociais no dia do crime, em 25 de dezembro de 2020. Nos vídeos, jovens armados com pistolas automáticas atiram para o alto, enquanto dezenas de pessoas cantam, dançam e filmam. A confraternização ocorreu no meio da rua, no Conjunto H da Quadra 204, em Santa Maria.
tiro em festa
Festa clandestina foi realizada na sexta-feira (25)Reprodução
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Soldado do Exército aparece em imagens dando tiro para o altoReprodução
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Festa ocorreu em Santa MariaReprodução
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PCDF identificou os suspeitosReprodução
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Uma arma foi apreendidaReprodução
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Festa clandestina foi realizada na sexta-feira (25)Reprodução
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Soldado do Exército aparece em imagens dando tiro para o altoReprodução
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Uma tenda foi armada, e a rua ficou bloqueada para o trânsito de veículos. Vários carros equipados com som embalaram a festa, regada a drogas e bebidas alcóolicas. Em determinado momento, um jovem saca uma pistola com pente alongado. A arma seria da marca austríaca Glock, do mesmo modelo usado pela PCDF.
O poder de fogo das pistolas fica evidente quando os homens disparam rajadas para o alto. Outros jovens, também armados, sacam revólveres e também dão tiros para o alto.