504 GUARDIÕES DA NAÇÃO
Nascido na antiga capitania de Pernambuco, em área que corresponde ao atual estado de Alagoas, aliou-se ao inimigo para tentar derrotar seu País por meio da tomada do poder.
Coincidências entre a história de Renan Calheiros e a do traidor Domingos Fernandes Calabar demonstram a origem do seu espírito traiçoeiro e dissimulado.
Renan é hoje o mais ardiloso parasita da história moderna da política brasileira.
O seu partido político, o MDB, é a imagem fiel dessa habilidade de camaleão, refletida na atuação sempre ambígua no cenário político desde a sua criação.
Criado para fazer oposição à ARENA, partido que representava o governo militar e a revolução democrática de 1964, deu origem aos partidos de esquerda após o fim do bipartidarismo.
Tem a mediocridade espelhada no resultado da primeira disputa eleitoral, onde seu maior representante, Ulisses Guimarães, baluarte dessa Constituição Federal híbrida, enciclopédica e desmoralizada, obteve apenas 4,6 % dos votos.
Seu segundo expoente, após a morte de Tancredo Neves, foi o único presidente eleito pelo partido, José Sarney, que veio a tornar-se o primeiro artífice e um dos muitos beneficiários da corrupção no Brasil.
Durante toda a sua trajetória, o partido serviu de estepe para a eleição de candidatos de qualquer bandeira, desde que lhe fosse garantida cadeira cativa nas tetas da vaca premiada.
Assim, de escândalo em escândalo, chegamos ao nosso personagem atual, a figura mais denunciada judicialmente e escorregadia da política nacional: Renan Calheiros.
Ninguém sabe ao certo quantos processos existem contra ele tramitando, arquivados ou enterrados, hibernando na Suprema Corte.
A Gazeta do Povo, em 6 de junho passado, afirmou que são mais de 25 processos, descrevendo alguns deles como se segue.
INQUÉRITOS QUE CONTINUAM EM TRAMITAÇÃO
1. Recebimento de recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar aluguel de um apartamento e pensão da filha que tinha com uma jornalista, em troca de emendas que beneficiariam a construtora.
2. Denunciado por suposto recebimento de propina da NM Engenharia, em troca de contratos na Transpetro.
3. Recebimento de propina por tráfego de influência, atuando favoravelmente à empresa Multiterminais na tramitação da Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos.
4. Recebimento de propina em investimentos milionários do Instituto de Previdência dos Correios em papéis de empresas de fachada.
5. Recebimento de propina na construção de embarcações do Estaleiro Rio Tietê, encomendadas pela Transpetro.
6. Recebimento de 32 milhões em propina, entre 2004 e 2014, do Estaleiro Atlântico Sul, contratado pela Transpetro para a construção de navios.
7. Recebimento de 1 milhão em propina em troca de apoio a interesses da Odebrecht no Senado, no escândalo conhecido como "Guerra dos Portos".
8. Recebimento de 500 mil em propina da Odebrecht por benefícios prestados à empreiteira em obras do Canal do Sertão, processo repassado à justiça eleitoral em Alagoas, por ter sido considerado pelo Ministro Marco Aurélio Mello como caixa 2.
9. Propina de 5 milhões recebida da Odebrecht para alterar medida provisória e aliviar o Imposto de Renda de lucros obtidos por empresas brasileiras no exterior.
10. Investigado no inquérito do "Quadrilhão do MDB", que recebeu 864,5 milhões em propina de empresas contratadas pela Petrobras e pela Transpetro, em troca de apoio ao governo do ex-presidente Lula.
11. Atuação para manter o executivo Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras em troca de propina.
Além dessas pequenas faltas, ainda foram arquivados vários processos graças à misericórdia dos monges togados.
INQUÉRITOS ARQUIVADOS
12. Em 2018, a Segunda Turma, a “Garantista”, absolveu Calheiros do processo de Mônica Veloso por entender que não havia provas para a condenação do parlamentar.
13. Recebimento de 5 milhões em propina para manter o ex-diretor Nestor Cerveró na diretoria Internacional da Petrobras, com recursos de contratos para a construção de navios-sonda.
14. Suspeito de ter recebido propina em contrato da Petrobras na Argentina.
15. Suspeito de obstrução a investigações da Lava Jato, ao lado do ex-senador Romero Jucá e do ex-presidente José Sarney.
16. Acusado de receber 800 mil em propina da empreiteira Serveng, que tinha contratos com a Petrobras.
17. Segundo Alberto Yousseff, teria recebido 2 milhões para evitar a instalação da CPI da Petrobras.
18. Delatores relataram propina da Odebrecht no valor de 4 milhões, em troca da aprovação de três medidas provisórias pelo Congresso, entre 2009 e 2013
INQUÉRITOS SOB SIGILO EM SEGREDO DE JUSTIÇA
19. inquérito que apura movimentação financeira suspeita de 6 milhões nas suas contas.
20. Recebimento de 3,8 milhões da JBS para apoiar a ex-presidente Dilma Rousseff em 2014, junto com outros senadores do MDB.
21. Inquérito que apura se Calheiros e outros parlamentares do MDB receberam propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Esse exemplo de cidadão e patriota foi escolhido por seus pares como relator, travestido de promotor de acusação, para uma CPI que envolve seu filho, cuja cúpula, após semanas promovendo um espetáculo digno dos mais infames tribunais da inquisição, proporcionou pelo menos três demonstrações definitivas das suas reais intenções, além das constantes entrevistas acusatórias de Omar Aziz.
Primeiro: seguindo o exemplo da Suprema Corte, que liberou os governadores e prefeitos da convocação para prestar contas à sociedade sobre a malversação dos bilhões de reais liberados pelo governo federal, recusou requerimento para a convocação do secretário-executivo do consórcio do nordeste, Carlos Eduardo Gabas, que seria um decisivo passo para buscar os responsáveis por esses crimes contra a vida humana.
Segundo: tomou a atitude covarde e reveladora, “em nome da ciência”, de recusar-se a fazer perguntas aos médicos convidados, usando como pretexto declarações do Presidente da República, simplesmente porque são defensores do tratamento precoce, que é uma panaceia consagrada historicamente para qualquer enfermidade.
Terceiro: O Vice-presidente da CPI antecipou publicamente o veredicto da Comissão num bate-boca de rua: “a CPI vai prender Bolsonaro”… “ele é um assassino…”um genocida”.
Convém lembrar que a Lei Complementar 35/79 dispõe que aos magistrados é vedado “manifestar por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem”. Também é importante dizer que o Art. 58, § 3o da Constituição prevê que as comissões parlamentares de inquérito terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. O poder vêm acompanhado de responsabilidade.
Neste caso, certamente caberia uma ação para sua destituição, sem prejuízo crime de injúria e calúnia, que já deveria haver ocorrido quando O relator comparou a CPI ao julgamento de nazistas em Nuremberg.
As redes sociais insistem que essa deveria ser a gota d’água para a imediata extinção dessa palhaçada dantesca, recorrendo ao mesmo processo esdrúxulo que a criou: uma canetada autoritária de algum dos tiranos togados.
Mas esse não é o verdadeiro clamor da sociedade, que vai às ruas aos milhões, a pé, de carro, de moto ou a cavalo, chova ou faça sol, a exigir das Forças Armadas, como poder moderador, uma atitude segura e definitiva para interromper esse circo de horrores e eliminar da vida pública esses verdadeiros monstros, de mente e caráter deformados, que tomaram de assalto os poderes Legislativo e Judiciário e que hoje assombram e desafiam uma Nação inteira.
Os riscos de uma reação internacional a uma ação dessa natureza existem, mas não se comparam à calamidade da volta de um sistema nefasto que quase destruiu o País e foi rechaçado nas urnas.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.