Investigações conduzidas pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) deflagraram 16 operações no período, todas para desarticular organizações criminosas especializadas em roubo e furto de veículos. As ações resultaram na prisão de 102 suspeitos envolvidos.
As apurações da coordenação identificaram que existe uma firma do crime que se alimenta de peças veiculares retiradas dos veículos desmanchados pelos grupos criminosos. Depois de “cortadas” as partes dos carros, a organização abastece os receptadores que atuam no ramo de autopeças.
Segundo o coordenador da Corpatri, delegado André Leite, o destino final de boa parte dos veículos roubados e furtados no DF é o desmanche. “Uma pequena parcela é clonada, outra é levada para fora do DF, mas a maioria termina nas lojas clandestinas baseadas no DF que faturam com a venda de peças em um mercado informal alimentado pela receptação”, explicou.
Ao todo, 77% dos veículos roubados e furtados no período analisado pertencem a quatro montadoras específicas: VW, Fiat, Honda e Chevrolet. A marca favorita dos criminosos é a VW, com os modelos Gol, Voyage e Santana liderando os carros prediletos dos ladrões. Em segundo lugar, figura a Fiat, com os modelos Uno, Pálio e Siena.
Entre as armas mais usadas pelos criminosos durante os assaltos, estão os revólveres (31%) em primeiro lugar, a subtração (28%) em segundo e a ameaça (23%) na terceira posição. O relatório ainda aponta que do universo de veículos roubados e furtados no período 73% são carros, 19% motocicletas e outros 5% são caminhonetes.
De acordo com os dados elaborados pela Date, a polícia conseguiu alcançar índice de 84% de resolução dos casos relacionados aos 18.072 veículos levados pelos bandidos. A reportagem apurou que o percentual diz respeito à localização e recuperação dos carros e motos envolvidos nos crimes.