504 GUARDIÕES DA NAÇÃO
A cena descrita a seguir é uma demonstração inequívoca do nível desprezível dessa CPI, repetida em diversas versões, ao longo dessas nove semanas:
Senador Marcos Rogério: “Essa é a CPI do circo”.
Presidente Aziz: “E Vossa Excelência é o maior palhaço aqui”.
Senador: “E o senhor é o chefe do circo”.
Presidente (sussurrando para o relator Renan Calheiros): “Ainda vou pegar esse cara e vou quebrar ele todo”.
Senhoras e senhores expectadores, não percam a décima semana das atrações do “GRANCIRCUS RENAZIZ”, instalado em frente à praça que costumava chamar-se “Praça dos Três Podres” e foi rebatizada por liminar monocrática como “Praça do Poder Uno e Supremo”.
As principais atrações desse circo são 7 palhaços de renome internacional (poderão ser agraciados com o prêmio “Interpol Award” caso ousem deixar o País); a cartomante (relator da Comissão, que antes dos depoimentos começarem já tinha o relatório pronto); o engolidor de espada; a mulher barbada; e uma atração especial, o dono do circo, que cospe fogo pelas ventas, aterrorizando especialmente as depoentes femininas.
O grande concorrente desse circo é o seu fundador e patrocinador, o “TIRANUSCIRCUS”, casa de espetáculos especializada em mágicas, contorcionismo e desaparecimento de objetos (especialmente processos de criminosos do colarinho branco).
Aproveitem, porque esses circos só funcionam três dias na semana e em curtas temporadas.
Que me perdoem os leitores pela introdução jocosa, mas se fosse fazer jus aos atores dessas duas casas de teatro mambembe, a introdução ao invés de jocosa seria chula e provavelmente censurada.
Depois de tentar desmoralizar duas médicas consagradas, a CPI da cloroquina adotou a mesma atitude com um cidadão que seria um forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz, se o Brasil fosse uma Nação melhor conceituada no cenário internacional.
Carlos Wizard Martins é um empresário extremamente bem-sucedido, com fortuna estimada pela Forbes, em 2021, em 2,1 bilhões de reais. É o fundador da Wizard, maior rede de ensino de idiomas do país, vendida por ele em 2014, e dono de 17 marcas no Brasil, algumas internacionalmente famosas como Kentuky Fried Chicken, Taco Bell, Adidas e Topper.
Pois bem. Enquanto certos atores circenses gozam suas largas folgas em viagens ao exterior, às custas do erário público, e outros são hostilizados em voos comerciais passeando pelo Brasil, Carlos Wizard ignorou sua posição de super empresário para encarnar a de filantropo e se apresentar em Roraima como voluntário na “operação acolhida”, para socorrer os cidadãos venezuelanos que fugiam do regime que essas hienas e viúvas pretendem implantar no Brasil.
Instalada a pandemia, ofereceu ajuda ao governo federal e chegou a ser convidado para ocupar uma secretaria no Ministério da Saúde.
Em setembro de 2020, participou de uma reunião com aproximadamente 50 médicos, um grupo de especialistas que se propôs a ajudar o governo a enfrentar a pandemia, trocando experiências em todos os campos da medicina e defendendo o tratamento precoce aos primeiros sintomas da doença, um procedimento consagrado universalmente como essencial para qualquer enfermidade.
Esse grupo é o que os falsos humanistas da CPI alcunharam de “Gabinete Paralelo”.
Por esse “crime”, o empresário passou a ser investigado e foi convocado a depor por uma Comissão formada por vários parlamentares denunciados por corrupção, eles sim, os verdadeiros criminosos.
Faltou à sessão em que iria depor, porque estava desde março nos Estados Unidos para visitar seus pais e sua filha, prestes a dar à luz. Antes, portanto, da instauração da Comissão, que só ocorreu em 15 de abril.
Mesmo assim, chegou a circular pela imprensa tradicional desmamada a notícia de que ele havia fugido para não depor.
A volúvel Suprema Corte, que em 2019 publicou acórdão considerando inconstitucional a condução coercitiva para interrogatório, desta feita autorizou o pedido da CPI, através do Ministro Barroso, que em seguida se arrependeu e cancelou a decisão.
Autorizou também a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático.
Os Senadores chegaram a cogitar pedir ajuda à Interpol para localizar o empresário que, ao chegar ao Brasil, teve seu passaporte apreendido, enquanto André do Rap passeia talvez na Disney ou no Caribe, portando seu passaporte diplomático, sob a chancela do decano Marco Aurélio Mello.
Essas são as instituições devastadas pela corrupção que levaram o Brasil às últimas posições no ranking mundial da credibilidade. Um Congresso Nacional repleto de criminosos protegidos pelo foro privilegiado e uma Suprema Corte desqualificada, que exerce um governo usurpado e ditatorial, graças à covardia dos outros poderes e à leniência de um povo acomodado.
Enquanto estamos com a atenção voltada para a triste performance dos atores da CPI, líderes de partidos, em coordenação com ministros do STF, na contramão dos anseios da sociedade, manobram para impedir a aprovação em plenário do voto impresso auditável, que necessita de 3/5 dos votos, em dois turnos, nas duas Casas.
O mesmo PSDB, que nas eleições de 2014 realizou auditoria especial independente e denunciou suspeita de fraude nas urnas eletrônicas que proporcionaram a vitória apertada da Dilma sobre Aécio Neves no 2º turno, hoje junta-se ao grupo de partidos que rechaça o voto impresso auditável e proclama plena confiança no processo eleitoral vigente.
A real intenção desses antipatriotas é reintroduzir o Brasil no âmbito do Foro de São Paulo e reaver as benesses perdidas, trazendo de volta, por meio de eleições fraudulentas, o ex-presidiário, criador de um sistema perverso derrubado pelo povo em 2018.
É simplesmente aviltante aceitar que as Forças Armadas possam vir a ter como Comandante Supremo um criminoso, e se humilhar ao reverenciar e proteger, mesmo por obrigação regulamentar, um Presidente que é réu em nove processos, investigado em foros internacionais, condenado em três instâncias e libertado da cadeia ao arrepio da lei em retribuição a mandatos concedidos aos seus vassalos da toga enlameada.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.