31/07/2021 às 08h29min - Atualizada em 31/07/2021 às 08h29min

Saiba quem é o homem que deixou mãe ficar com língua necrosada antes de morrer em Brasília

Usuário de drogas como crack, o filho da vítima a manteve deitada durante 15 dias em um cama urinando e evacuando sem trocar suas roupas

Carlos Carone
METRÓPOLES
A crueldade que envolve a morte de Helga Mietkiewicz, 80 anos, após ser vítima de maus-tratos cometidos pelo próprio filho, chocou os investigadores mais experientes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Além de escaras espalhadas pelo corpo, a alemã naturalizada brasileira estava com a língua necrosada e com sinais de desidratação e desnutrição. O caso aconteceu no Sudoeste.
 
Identificado como João Cláudio da Costa, 57, o filho da idosa acabou preso, em flagrante, por policiais da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) por maus-tratos com resultado morte e porte ilegal de munição. No entanto, o suspeito foi solto pela Justiça após passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (30/7).
 
O  Metrópoles apurou que a alemã morava com filho havia cerca de três anos, após a morte do marido. A relação de Helga e João Cláudio era distante e difícil. A idosa passava por dificuldades financeiras e precisava ficar sob cuidados do filho. Com o passar do tempo, o suspeito passou a alimentar a mãe com marmitas e a mantê-la deitada em uma cama.
 
Sem forças para se levantar, a idosa passou a urinar e a evacuar nas próprias roupas e no colchão. Ela jamais teve as vestes e os lençóis trocados pelo filho.
 
Usuário de crack
 
A situação dentro do apartamento onde a idosa era mantida assustou os policiais. Insalubre e tomado por um cheiro insuportável de urina e fezes, os cômodos estavam tomados por lixo, cinzas e pontas de cigarro, além de pedaços de papel higiênico usados. As equipes ainda encontraram um cachorro morto, que estava apodrecendo.
 
Aos investigadores, João Cláudio confessou que não limpava o imóvel por “desleixo”. Ele confessou ser usuário de crack há pelo menos cinco anos. João Cláudio ainda declarou que, antes de morrer, a mãe teria ficado pelo menos 15 dias deitada na cama sem se levantar, urinando e evacuando sem ser assistida por ninguém.
 
Em liberdade, o acusado responderá pelos crimes de maus-tratos com resultado morte – cuja pena é de 4 a 12 anos de reclusão – e posse irregular de munição, que tem pena de 1 a 3 anos.
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