06/10/2021 às 06h25min - Atualizada em 06/10/2021 às 06h25min

Diretora do Iges-DF terá de pagar mais de R$ 39 mil por acúmulo de cargos

A 2ª Prosus celebrou acordo com Emanuela Dourado Ferraz por ter acumulado três cargos por um ano. Isso porque ela era lotada no Iges-DF, no governo do Piauí e na Câmara dos Deputados

A diretora do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Emanuela Dourado Ferraz, terá de pagar multa de R$ 39.838,84 por improbidade administrativa ao exercer três cargos públicos. A denúncia foi protocolada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), que oficializou acordo de não persecução cível (ANPC) com a gestora.
 
 O valor será de duas vezes a remuneração líquida recebida pelo acúmulo das funções. Segundo apuração da 2ª Prosus, ela praticou a irregularidade de maio de 2019 e junho de 2020. No período, em horários incompatíveis, Emanuela esteve em exercício em três cargos: no Iges-DF, na Câmara dos Deputados e no Governo do Piauí. Ainda como parte do acordo, ela deverá apresentar ao MPDFT o pedido de exoneração dos dois últimos locais.
  
Atualmente, Emanuela está lotada na Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa do Iges-DF. O valor da multa será revertido ao Governo do Distrito Federal (GDF). O acordo foi devidamente homologado pelos procuradores de Justiça, membros da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão Cível Especializada (4ª CCR/MPDFT).
  
Caso não sejam cumpridas as obrigações, a Prosus ajuizará ação de improbidade administrativa contra a compromissária. Para o Ministério Público, a realização do acordo revela-se a solução mais rápida do caso e da correção da improbidade, quando comparada à duração de eventual processo judicial.
  
“A acumulação ilegal de cargos configura improbidade administrativa e seus autores devem ser identificados, investigados e punidos conforme a lei. O Ministério Público e os órgãos de controle estão atuando preventiva e repressivamente para desestimular essas condutas que causam lesão aos cofres públicos e, geralmente, beneficiam pessoas de grupos restritos e com algum tipo de influência”, declarou o promotor de Justiça Clayton Germano.


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