16/10/2021 às 06h54min - Atualizada em 16/10/2021 às 06h54min

Polícia do Rio prende advogada “pombo-correio” de Marcinho VP na cadeia

Investigações apontam que Elker Cristina Jorge fazia a ponte entre os traficantes do Comando Vermelho e o líder preso em Catanduvas

Mariene Lino
Metrópoles

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta sexta-feira (15/10), uma advogada condenada por ser informante do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, líder do Comando Vermelho (CV), detido no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Elker Cristina Jorge de Oliveira, 51 anos, foi condenada em 2019 pelo crime e era procurada pela polícia.
 
As investigações apontam que Elker se aproveitava da condição de advogada para levar informações dos traficantes da facção criminosa no Rio de Janeiro até Marcinho. Era a partir dos relatos da mulher que ele dava ordens de dentro da cadeia de segurança máxima.
 
 
Elker chegou a levar até o criminoso uma carta sobre o rompimento de acordos entre o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. A intenção era que o chefe da facção fluminense decidisse como o grupo agiria dali em diante. A polícia conseguiu reconstituir o documento, rasgado após uma das visitas de Elker a Marcinho VP.
 
A advogada acabou encontrada por agentes da Delegacia de Polícia Interestadual – Divisão de Capturas (DC-Polinter) escondida na casa de parentes em Araruama, na Região dos Lagos. Contra ela, existiam dois mandados de prisão em aberto, emitidos pela 4ª Vara Federal de Cascavel, no Paraná.
 
 
Devido à alta periculosidade, Marcinho VP cumpre pena fora do Rio desde 2007, quando foi incluído no chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). As condenações do criminoso já somam mais de 40 anos de prisão em regime fechado.
 
O traficante chegou a receber visitas do ex-secretário de Administração Penitenciária do RJ, Raphael Montenegro, preso pela Polícia Federal em agosto. O então chefe da pasta chegou a dizer que Marcinho “talvez fosse o cara mais importante que o secretário de Segurança Pública do Rio” e negociar trégua com criminosos.


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