31/10/2021 às 06h15min - Atualizada em 31/10/2021 às 06h15min

Pai de jovem desaparecido se filia a facção rival em busca de vingança

Anderson de Jesus, pai de Lucas Matheus, um dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo, quer descobrir quem está envolvido no caso

Foto: Lucas Matheus, de 8 anos, o primo dele Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique, de 11, desaparecidos em 27 de dezembro de 2020, em Belford RoxoReprodução

Rio de Janeiro – Pai de um dos meninos desaparecidos em Belford Roxo, Anderson de Jesus foi preso na última sexta-feira (29/10) pela Polícia Militar. Segundo o delegado José Mário Salomão, da 54ª (Belford Roxo), os militares encontraram Anderson na comunidade da Palmeira, integrado ao grupo de criminosos de uma facção da região. Outras seis pessoas foram presas.
 
 
De acordo com as investigações, Anderson, pai de Lucas Matheus, era de uma facção rival, apontada como responsável pelo desaparecimento dos meninos. Por isso, ele mudou de lado e se filiou ao outro bando para conseguir vingança. “Ele disse que o objetivo dele era tomar a (comunidade) Palmeira, e obter informação de quem foi o executor do filho”, contou o delegado Salomão ao Extra.
 
 
Anderson foi autuado por associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele foi encaminhado ao presídio em Benfica, na zona norte. Em nota, a Polícia Militar diz que, além dos presos, foram apreendidos dois fuzis, uma espingarda, uma granada e um colete balístico. A ocorrência segue em investigação na 54ª DP.
 
Entenda o caso dos meninos desaparecidos
A Polícia Civil admitiu em agosto que segue apenas uma única linha de investigação para apurar o sumiço dos três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. As informações indicam que os garotos tenham sido mortos por traficantes de drogas do Complexo do Castelar, a comunidade onde morava. Os corpos dos meninos teriam sido ocultados pelos criminosos.
 
Lucas Matheus, de 9 anos, Fernando Henrique, de 12, e Alexandre Silva, de 11, desapareceram no dia 27 de dezembro, no Bairro Areia Branca, em Belford Roxo. O caso foi denunciado ao Comitê contra o Desaparecimento Forçado da Organização das Noções Unidas (ONU).


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