Em guerra civil há um ano, a Etiópia declarou estado de emergência nesta terça-feira (2/11), e pediu aos cidadãos que se preparem para lutar, após forças rebeldes se aproximarem da capital, Addis Abeba.
As forças oposicionistas, da região de Tigray, se aliaram a outros grupos, e conquistaram duas cidades importantes do país: Dessie e Kombolcha, localizadas a 257 km da capital.
“Aqueles que possuem armas serão obrigados a entregá-las ao governo”, afirmou o primeiro-ministro, Abiy Ahmed. O estado de emergência durará ao menos seis meses.
Os Tigrayans têm lutado contra o governo desde o ano passado, quando Ahmed lançou uma campanha militar na região norte de Tigray após um ataque a uma base federal. O plano era derrotar a Frente de Libertação do Povo Tigray. O partido é o adversário político mais emblemático do governo do país.
As forças armadas etíopes, entretanto, fracassaram e tiveram que recuar, deixando milhares de soldados presos para trás. Em 2019, Abiy Ahmed foi o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, e teve a reputação abalada após o início da guerra civil. Segundo relatos, a ofensiva das tropas do governo foi marcada por uma série de violações dos direitos humanos, massacres e fome na região.
Segundo autoridades estrangeiras, várias unidades do Exército Etíope entraram em colapso.. O país é o segundo mais populoso da África.