Aproximadamente 90 policiais federais estão nas ruas do Paraná, Santa Catarina, Goiás e Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (4/11), para cumprir mandados no âmbito da Operação Fabulas, que investiga o crime de lavagem de dinheiro proveniente do contrabando de cigarros na região de fronteira com o Paraguai.
A investigação, que dura cerca de 18 meses, teve início após os policiais verificarem que um condenado por contrabando de cigarros e participação em organização criminosa teve evolução patrimonial exponencial, com aquisição de hotel, construção de casas de alto padrão, sítios, pesqueiro (pesque e pague, de fachada) e movimentação bancária incompatível com renda declarada ao fisco.
Segundo a PF, o grupo passou a comprar imóveis ainda em construção na região do litoral catarinense. Foram identificados pelos menos quatro apartamentos de luxo adquiridos pelo investigado, um deles avaliado em pelo menos R$ 3,4 milhões.
Visando desarticular financeiramente o grupo, a Polícia Federal requereu e a Justiça Federal expediu 15 mandados de busca e apreensão nos Estados do PR, MG, GO e SC. Também determinou-se o sequestro imediato de 12 imóveis, entre eles apartamentos de luxo em Itapema (SC), alguns ainda em construção, hotel em Guaíra, pesqueiro, casas de alto padrão e terrenos.
O total em bens imóveis identificado soma a quantia de, aproximadamente, R$ 16,8 milhões. Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio imediato das contas bancárias de pelo menos 35 pessoas e empresas. O congelamento das contas poderá chegar a R$ 20 milhões.
Os investigados poderão responder pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que variam de 3 a 10 anos para cada ato de lavagem.