A Polícia Militar de Minas Gerais defendeu a abordagem de um servidor da corporação que derrubou uma mulher que segurava uma criança e a imobilizou com o joelho sobre seu pescoço. A abordagem (imagem em destaque) ocorreu na cidade de Itabira, interior do estado, na noite de sexta-feira (5/11), e as imagens gravadas por testemunhas iniciaram uma onda de críticas nas redes sociais, que incluiu até o prefeito da cidade, que pediu “apuração com rigor” do que aconteceu nas “lamentáveis cenas”.
A corporação acusa a mulher, que foi presa e não teve a identidade divulgada, de ter usado a criança como escudo humano para impedir a apreensão de uma arma de fogo.
“No início da noite desta sexta-feira, 05/11/21, na cidade de Itabira, a Polícia Militar realizou a prisão em flagrante de um casal por porte ilegal de arma de fogo e munições”, diz a nota emitida pela PMMG. “Durante a abordagem foram apreendidas quatro munições calibre 32 com o homem. Para impedir a apreensão da arma de fogo que estava consigo, a mulher se agarrou a uma criança, usando-a como escudo humano e se recusando a largá-la. Assim, a mulher foi projetada ao solo e imobilizada, numa queda controlada, nenhuma lesão sofrendo a criança”, diz ainda o texto.
Ainda na noite de sexta, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, emitiu uma nota nas redes sociais:
“Com a responsabilidade de prefeito municipal, manifesto minha repulsa diante das imagens de uma abordagem policial, ocorrida no início da noite, em Itabira. As lamentáveis cenas que já circulam nas redes sociais e sites de notícia de todo o país precisam ser apuradas com rapidez e rigor. Este não é o procedimento padrão das nossas escolas militares e do comando geral da corporação.”, diz o texto