11/11/2021 às 06h42min - Atualizada em 11/11/2021 às 06h42min

Misterioso sumiço de Tainá completa 6 dias. O que se sabe até agora

O último contato da adolescente com a família foi por um sms no dia do desaparecimento. A família percebeu ainda a ausência de roupas

Há seis dias, a rotina da família da dona de casa Jane da Silva, 31 anos, mudou completamente. Em 5 de novembro, a filha de 13 anos, Tainá da Silva, desapareceu em Samambaia após sair para a escola pela manhã. A garota disse que participaria de uma excursão do colégio.
 
A mãe conseguiu recuperar imagens de câmeras de segurança do momento em que a menina saiu de casa, trajando vestido laranja, jaqueta preta, tênis preto, boné e uma mochila. Esta é uma das poucas pistas concretas adquiridas até agora pela família.
 
De acordo com o tio de Tainá, Jociel Santana Loureiro, 35, a família tem recebido muitas informações desencontradas sobre o paradeiro da adolescente. “Estamos sem receber informações. Ninguém viu”, lamentou o tio. “Minha cunhada chegou a ir até o aeroporto”, relatou.
 
“O nosso sentimento é de vazio. A gente fica estático, sem poder fazer nada, preocupado sem saber o que está acontecendo com a Tainá”, desabafou o tio de menina, Jociel Santana Loureiro. “Nossa esperança é de que a encontrem viva, sim. Em nome de Jesus, ela vai estar viva e vai voltar para casa. Vamos abraçá-la. Vamos conversar mais com ela”, afirmou o tio.
 
Segundo ele, Tainá gosta de ouvir música, dançar, conversar e brincar. “A gente torce para que ela volte de novo para a gente poder ficar feliz”, reforçou. Para o tio, o caso serve de alerta para as famílias sempre dedicarem sempre atenção para filhos e filhas. “Às vezes, não demonstram nada, mas pode estar acontecendo alguma coisa”, acrescentou.
 
Em vídeo publicado nas redes sociais, a mãe de Tainá fez um apelo por ajuda para encontrar a filha. “Eu tô acabada, destruída. Não tô comendo, nem conseguindo beber água, porque tá difícil pra mim. Quem é mãe sabe”, desabafou Jane.
 
Até a última atualização desta reportagem, a família não tinha novas pistas sobre o paradeiro de Tainá.
 
Última mensagem de texto
 
O último contato de Tainá com a família foi ainda no dia em que desapareceu. A adolescente enviou um SMS para a mãe por volta das 18h que dizia: “Estou em aula”. Segundo Loureiro, a mensagem deixou a mãe ainda mais preocupada, porque a filha nunca havia se comunicado com ela via SMS.
 
Jane então foi a escola e, lá, os professores disseram que não houve atividade fora da sala. “A professora disse que Tainá não teria ido para a escola nem pela manhã e nem pela tarde”, contou Loureiro. Conforme o relato do tio, a escola, o Centro de Ensino Fundamental 120 (CEF 120), possui um sistema de monitoramento dos estudantes para saber se foram ou não para as aulas.
 
“Tainá é uma criança que fica o tempo todo em casa. Não vai para festa. Não tinha amigas para sair de casa”, lembrou o tio. “A única saída que ela tinha era para participar da pastoral de eventos da igreja Santa Luzia”, contou.
Sumiço de roupas
 
A última pista identificada pela família foi o sumiço de roupas da jovem. Ainda de acordo com o tio, sumiram peças de roupa, biquíni e blusa. A família mantém a fé em localizar a menina com vida.
 
“Não tem nenhuma entrada de adolescente em hospitais com as características da Tainá. Então, isso nos dá esperança de que ela esteja viva”, afirmou. De acordo com parentes, o telefone da menina não atende, e ela não acessa as redes sociais pessoais.
 
A 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) é responsável pelo caso e busca a menina. Quem tiver informações e pistas sobre o caso pode ajudar a investigação pelo Disque 100, 190 ou 197.


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