26/11/2021 às 06h45min - Atualizada em 26/11/2021 às 06h45min

Ex-presidente do COB, Nuzman é condenado a mais de 30 anos de prisão

Sentença do juiz Marcelo Bretas imputa a Nuzman a prática dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou nesta quinta-feira (25/11) o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman a 30 anos e 11 meses de prisão.
 
Após análise de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), Bretas considerou Nuzman culpado pela prática dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
 
Nuzman é acusado de participar em esquema de compra de votos para que o Rio de Janeiro sediasse a Olimpíada de 2016.
 
Ele foi investigado no âmbito Operação Unfair Play, desdobramento da Lava Jato no estado e que apura suposta fraude na escolha da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Nuzman teria intermediado a compra de votos via propina a integrantes africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI).
 
Ao juiz Marcelo Bretas, ele relatou ter participado de reuniões regulares com membros do COI, mas durante as quais não foram discutidos pagamentos escusos. “Não conheço nenhuma proposta de compra de votos, nenhuma ação que pudesse ter gerado isso”, declarou.
Justiça
 
Para a Justiça, o ex-presidente do COB, ao comprar votos, fez parte do esquema de corrupção atribuído ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em dois mandatos no Rio (2007-2014), em áreas como transportes, obras e saúde.
 
Neste caso, Cabral teria agido em conluio com o empresário Arthur Soares, conhecido como “Rei Arthur”. O interesse do político seria levar os Jogos Olímpicos ao Rio para, a partir daí, desviar recursos de obras para a preparação da cidade, indicam as investigações. Nuzman afirmou nunca ter estado com Rei Arthur.


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