Justiça decreta prisão preventiva do assassino de Giovanna Peters

O Tribunal do Júri de Ceilândia converteu a prisão de Leandro Araújo Marques, 22 anos, assassino confesso da jovem Giovanna Laura Santos Peters, 20, para preventiva. Dessa forma, não há a possibilidade do pagamento de fiança, e o acusado deverá ficar preso por tempo indeterminado, até que seja definida a data para julgamento.
 
Segundo a Justiça, o assassino agiu de forma calculista. “Nos dias seguintes, ele passou a levar uma vida normal, com condutas que denotam o seu desprezo por qualquer tipo de sentimento pela vida alheia, inclusive de alguém que lhe era muito próximo”, expôs o juiz Evandro Moreira da Silva.
 
 “Tudo a demonstrar, de acordo com as circunstâncias do caso em concreto, a sua periculosidade. Em verdade, o contexto do modus operandi demonstra ousadia ímpar, tornando necessária a constrição cautelar do autuado para garantia da ordem pública.”
 
 
O assassino chegou a pegar o celular da namorada e, passando-se por ela, disse à mãe que voltaria para casa pedindo um transporte por aplicativo. Leandro ainda fingiu preocupação com a suposta demora e escreveu para a namorada: “Amor, cadê você?”.
 
Com a falta de notícias, a família acionou a PCDF. O delegado responsável pelo caso pediu para que a mãe ligasse para o namorado da filha dela, uma vez que era o último a ter contato com a vítima. Ao ser avisado do sumiço, ele apenas disse que não poderia ajudar, pois estava trabalhando em uma chácara em Ceilândia.
 
O investigador insistiu para que Leandro cooperasse, pediu a localização dele e encaminhou uma equipe de policiais para buscá-lo. Na delegacia, o homem afirmou apenas que “não havia nenhum problema no relacionamento” e que ela teria pegado um transporte por aplicativo.
 
Ao conseguir comprovar, por meio de solicitações emergenciais, que nenhum chamado foi feito, a 23ª DP constatou que o homem havia mentido. Com o cerco policial identificando outras contradições, Leandro confessou o crime e indicou a localização do corpo.
Detalhes
 
Após confessar o crime, Leandro explicou que havia terminado o namoro com a vítima e que os dois reataram algum tempo depois. No entanto, ele ficou sabendo que Giovanna havia se relacionado com outras pessoas, e os dois acabaram discutindo sobre isso, logo após uma relação sexual ocorrida na noite do crime.
 
Ainda segundo o criminoso, a vítima o xingou e agrediu fisicamente. Dessa forma, ele segurou a namorada por trás e cortou o pescoço dela com uma faca. Perguntado sobre o celular da vítima e a faca utilizada no crime, Leandro informou que havia jogado fora.
 
O acusado acrescentou que já tomou remédio controlado para epilepsia e estaria com pensamento ruins ultimamente.