A Polícia Federal intimou Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do presidente da República, para depor em inquérito que apura suposto pagamento de propina a empresários.
A Superintendência da PF investiga se houve associação de Jair Renan “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade”, segundo diz documento da Polícia Federal.
O filho 04 do presidente aparece como suspeito porque algumas negociações envolvem a empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini.
O grupo empresarial, que atua nos setores de mineração e construção e tem interesses junto ao governo federal presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil.
A empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia também apareceu nas apurações da CPI da Covid. A firma foi fundada com a ajuda de Marconny Faria, apontado pela comissão como lobista da Precisa Medicamentos na compra da vacina Covaxin.
Segundo informações de O Globo, confirmadas pelo Metrópoles com fontes da Polícia Federal, um mês após a doação, em outubro de 2020, representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, uma das empresas do conglomerado, se reuniu com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O ministério afirmou que o encontro foi marcado por um assessor especial da Presidência e a defesa de Jair Renan nega qualquer irregularidade em suas ações. O inquérito tramita em segredo.